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Turismo da natureza na Lagoa de Óbidos

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Projecto vai candidatar-se aos fundos comunitários do QREN​

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Um grupo de estudantes de um MBA em Turismo está a desenvolver um projecto de turismo da natureza para a Lagoa de Óbidos, que prevê uma aposta em veículos ecológicos e num centro interpretativo para actividades pedagógicas.
O projecto «Lagoa Verde», que será alvo de uma candidatura aos fundos comunitários do QREN até ao final do ano, pretende criar serviços inovadores para os turistas como o transporte através de carros e barcos eléctricos.

«Temos na lagoa uma beleza única e hoje em dia um turista que aqui chegue não tem infra-estruturas para a conhecer», afirmou à Lusa Carlos Sá, mentor do projecto.

A ideia, explicou, é dar a conhecer aos turistas o ecossistema da lagoa, que comunica com o mar na Foz do Arelho e se estende até ao concelho de Óbidos.

A observação da avifauna, a realização de passeios a pé, de bicicleta pelas margens, com os mariscadores da apanha da amêijoa ou dar a conhecer a gastronomia local, são ideias a desenvolver.

Descargas de esgotos prejudiciais para a lagoa

Por outro lado, o projecto prevê ainda a construção, nas margens da lagoa, de um centro interpretativo destinado ao público escolar ou a quem se interesse pelo estudo deste sistema lagunar.

«Nesse centro do conhecimento, técnicos explicarão à população escolar o que é a lagoa, sensibilizando-os para a necessidade de a preservar porque só conhecendo se pode manter este património natural», sublinhou.

A Lagoa de Óbidos tem vindo a ficar assoreada pela poluição resultante de anos de descargas de esgotos nas suas águas. Actualmente, as câmaras das Caldas da Rainha e de Óbidos já têm estações de tratamento e as águas residuais tratadas são encaminhadas para o alto mar através de um exutor submarino, contribuindo para a sua despoluição.

Uma das obras mais esperadas são as da defesa da margem sul - onde existem vivendas muito perto da água e que já estiveram em risco - e as dragagens para desassorear a lagoa e retirar materiais contaminados ao longo de várias décadas. Em Junho, o Ministério do Ambiente respondeu que o início da dragagem está previsto para 2010.

Os alunos têm como parceira do projecto a Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, através da Escola de Altos Estudos de Turismo de Óbidos, entidade que promove o MBA em Turismo.

«A universidade não está aqui só para ensinar mas também está aqui para desenvolver a região», afirmou à Lusa Luís Brandão Rodrigues, da Lusófona.

«Donut» é uma ideia inovadora


«Entendemos que este é um projecto-chave para a região porque a lagoa é um sistema hídrico complexo, que já teve oito ou nove vezes o tamanho actual e é necessário um plano para evitar que desapareça», afirmou o docente.

Segundo o professor universitário, «há estudos importantes sobre a lagoa, mas não existe um observatório que junte e que reúna todos os dados». «Há um abandono de tudo e assim não é possível fazer desenvolvimento», criticou.

Para já, os mentores do projecto efectuaram uma primeira experiência durante o mês Agosto, na Foz do Arelho (Caldas da Rainha), com viaturas ecológicas para difusão da iniciativa.

«Quisemos ver qual a receptividade a um veículo aquático inovador. Trata-se de um veículo circular movido a motor eléctrico (o «donut») com uma mesa ao centro para se poder tomar uma bebida enquanto se aprecia a beleza da lagoa da Óbidos», disse Carlos Sá.


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