Fábrica de Nelas pode voltar a laborar segunda-feira
Incêndio destruiu armazém
A fábrica de componentes para automóveis Borgstena, em Nelas, hoje atingida por um incêndio que destruiu pelo menos um armazém, poderá voltar a laborar na segunda-feira em instalações de uma firma desactivada, revelou a autarca local.
“No meio desta tragédia há uma boa notícia, conseguiu-se salvar matéria-prima e algumas máquinas, os teares. Há um pavilhão de uma antiga fábrica, ao lado, já disponível para que volte a laborar segunda-feira”, disse à agência Lusa Isaura Pedro, autarca de Nelas.
Segundo a autarca, o fogo não terá atingido os escritórios da empresa, permitindo salvar computadores e outro equipamento.
O combate ao incêndio mobilizou 200 bombeiros e 61 veículos de 17 corporações e prolongou-se por cerca de três horas, disse, por seu turno, fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Viseu.
O incêndio provocou quatro feridos ligeiros, dois funcionários da empresa e dois bombeiros, com sintomas de intoxicação pelo fumo.
Fábrica reabrira há um ano após outro incêndio
A presidente de Câmara lembrou que as chamas atingiram a unidade industrial “precisamente um ano” depois desta ter sido reinaugurada, na sequência de outro incêndio que a destruiu quase na totalidade em 2006.
A 7 de Junho de 2006, a empresa, pertencente a um grupo sueco há 16 anos instalado em Nelas, foi praticamente consumida pelas chamas, apenas se tendo salvado parte dos escritórios, onde se encontrava o servidor com toda a informação técnica.
Isaura Pedro destacou a “força e dinamismo” dos proprietários da fábrica pela intenção manifestada em retomarem “de imediato” a laboração, embora dizendo desconhecer o montante dos prejuízos do incêndio que hoje atingiu a unidade industrial. “Ainda não fizemos um ponto de situação”, afirmou.
Situada na estrada Nacional 234, entre Nelas e Canas de Senhorim, a Borgstena emprega 260 trabalhadores e ocupa uma área de cerca de 2,5 hectares.
Após as obras de requalificação inauguradas a 6 de Setembro do ano passado, transferiu nova tecnologia da Suécia para Portugal e admitiu mais 50 trabalhadores, tendo ainda praticamente duplicado a área fabril, num investimento total orçado em quase 25 milhões de euros.
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