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Um autocarro que transportava um rancho folclórico de Almargem do Bispo, concelho de Sintra, incendiou-se no nó de saída da A4 em Campo- Valongo. O fogo terá sido provocado pelo rebentamento de um pneu.
Não ganharam para o susto os 48 elementos do Rancho Folclórico As Lavadeiras do Sabugo, de Almargem do Bispo, Sintra, que seguiam viagem num autocarro fretado para o festival que ontem à noite se realizou em Santo Isidoro, Marco de Canaveses. Acabaram de passar o nó de saída da A4, em Campo-Valongo, e o pneu interior traseiro do lado esquerdo do autocarro rebentou e provou um incêndio. Gerou-se o pânico, a camioneta ficou carbonizada, mas ninguém saiu ferido do incidente.~
O grupo tinha almoçado nos Carvalhos, em Gaia e prosseguiu viagem, cerca das 15.30 horas, em direcção ao Marco de Canaveses. Poucos metros após a portagem de Campo-Valongo, os passageiros ouviram um estrondo. O pneu traseiro rebentou e obrigou o motorista a uma paragem forçada.
O condutor pediu calma, mas um dos passageiros apercebeu-se de uma faísca e deu o alerta de incêndio. Três mulheres entraram em pânico, mas António Caetano, dirigente do rancho, controlou as emoções. Cinco minutos depois, o grupo estava fora da camioneta e foram retiradas as malas com roupas e instrumentos musicais. Minutos mais tarde, alertados por moradores contíguos à A4, chegaram os bombeiros de Valongo. Com eles a Brigada de Trânsito da GNR e logo a seguir os bombeiros de Baltar. O trânsito esteve parado cerca de meia hora, gerando-se uma extensa fila no sentido Porto-Penafiel.
A Brigada de Trânsito levou o grupo para a portagem de Baltar, onde repousaram após o susto. António Caetano, dirigente das "Lavadeiras do Sabugo" explicou ao JN que o autocarro foi fretado a uma empresa de Sintra que subcontratou o serviço à empresa "Filipe Tour". A viatura era conduzida pelo próprio empresário.
João de Deus e outros elementos mais velhos do rancho mostravam-se resignados com o acidente. E prometeram prosseguir viagem para participar no festival do Marco de Canaveses, ontem à noite. "É mais uma peripécia entre tantas outras que temos para recordar ao longo de 42 anos de existência do nosso rancho", disse Leonardo Padilha. O ano passado o grupo seguia para um outro festival de folclore e o motor do autocarro contratado estourou a meio do caminho.
JN
07.09.08