- Entrou
- Fev 4, 2008
- Mensagens
- 3,493
- Gostos Recebidos
- 0
Chama-se João e queria aumentar «o seu conhecimento político».
João passou uma semana a aprender sobre política, cidadania, Europa. Na Universidade do Verão do PSD «não há cartilha ideológica», garante o «reitor» Carlos Coelho, mas há um objectivo: formar os líderes do futuro
Candidatou-se à Universidade do Verão do PSD, que terminou este domingo, apesar de não pertencer à «jota», e conseguiu fazer parte dos 100 seleccionados, mesmo sem a idade mínima, 17.
«Tinha um bom curriculum e as respostas dadas mostravam um perfil muito interessante», explica o «reitor» Carlos Coelho ao PortugalDiário. O eurodeputado social-democrata é a alma desta semana de conferências, trabalhos de grupos e horários rígidos - e ninguém se atrasa, garante.
Manuela Ferreira Leite, que escolheu a Universidade para
quebrar 40 dias de silêncio e marcar rentrée do PSD, deixou um elogio rasgado a Carlos Coelho pela forma como transformou a iniciativa, por onde «já passaram e vão passar muitos lideres do futuro», «numa referência política do panorama nacional».
Realiza-se desde 2003 e este ano atingiu o número máximo de candidaturas: 300 queriam participar, mas apenas 100 foram escolhidos, tendo em conta um formulário com questões, o curriculum e ainda a distribuição geográfica.
«40 por cento dos alunos são mulheres e temos todos os distritos do país representados», garante Carlos Coelho, apontando a média etária nos 22 anos, a mais baixa de sempre.
Este domingo, antes de Manuela Ferreira Leite encerrar a Universidade, e dar o pontapé de saída no contra-ataque ao Governo, o eurodeputado garantiu que estes «jovens sabem hoje que o mundo não tem livro de reclamações e querem mesmo pôr mãos à obra: conte connosco para ganharmos 2009».
Mas nem todos são filiados e a frequência universitária não é garantia de mais um cartão partidário. João Almeida, de 16 anos, está «indeciso». «Sou simpatizante da ideologia, mas ainda não decidi se me quero filiar». E uma carreira na política? «Quero uma carreira, mas não como político - isso não é carreira», diz o adolescente que, prestes a ingressar no 12.º ano na área de Economia, mede cada palavra com cuidado.
A ponderação nem o permite eleger o ponto alto da Universidade: «Não quero ser injusto; todas as conferências foram igualmente boas», responde, apesar de ter guardado na memória os ensinamentos de uma intervenção sobre McCain e outra dada pelo «reitor». «O ponto alto, mesmo, foi a chegada», admite.
Os 100 alunos frequentaram as aulas divididos em grupos e foi «um desafio» estar com colegas de «26 e 28 anos». «Sabem mais do que eu em geral e mais sobre política, porque pertencem a estruturas partidárias». «Mas eu gosto de "aterrar de pára-quedas", ver a reacção das pessoas e depois expor as minhas ideias: não é a idade que me vai parar».
Com ou sem filiação, na Universidade de Verão «não há uma cartilha ideológica: há uma lista de regras, de trabalhos a cumprir, mas há sobretudo que ter vontade, querer saber mais, ser pontual, solidário e construtivo».
João Almeida mostra essa «vontade de saber mais», em conversa com o PortugalDiário, garantindo que, apesar da postura que aparenta, «não é um rapaz de 16 anos diferente dos outros: É preciso é saber encontrar os miúdos de 16 anos!».
IOL
João passou uma semana a aprender sobre política, cidadania, Europa. Na Universidade do Verão do PSD «não há cartilha ideológica», garante o «reitor» Carlos Coelho, mas há um objectivo: formar os líderes do futuro
Candidatou-se à Universidade do Verão do PSD, que terminou este domingo, apesar de não pertencer à «jota», e conseguiu fazer parte dos 100 seleccionados, mesmo sem a idade mínima, 17.
«Tinha um bom curriculum e as respostas dadas mostravam um perfil muito interessante», explica o «reitor» Carlos Coelho ao PortugalDiário. O eurodeputado social-democrata é a alma desta semana de conferências, trabalhos de grupos e horários rígidos - e ninguém se atrasa, garante.
Manuela Ferreira Leite, que escolheu a Universidade para
quebrar 40 dias de silêncio e marcar rentrée do PSD, deixou um elogio rasgado a Carlos Coelho pela forma como transformou a iniciativa, por onde «já passaram e vão passar muitos lideres do futuro», «numa referência política do panorama nacional».
Realiza-se desde 2003 e este ano atingiu o número máximo de candidaturas: 300 queriam participar, mas apenas 100 foram escolhidos, tendo em conta um formulário com questões, o curriculum e ainda a distribuição geográfica.
«40 por cento dos alunos são mulheres e temos todos os distritos do país representados», garante Carlos Coelho, apontando a média etária nos 22 anos, a mais baixa de sempre.
Este domingo, antes de Manuela Ferreira Leite encerrar a Universidade, e dar o pontapé de saída no contra-ataque ao Governo, o eurodeputado garantiu que estes «jovens sabem hoje que o mundo não tem livro de reclamações e querem mesmo pôr mãos à obra: conte connosco para ganharmos 2009».
Mas nem todos são filiados e a frequência universitária não é garantia de mais um cartão partidário. João Almeida, de 16 anos, está «indeciso». «Sou simpatizante da ideologia, mas ainda não decidi se me quero filiar». E uma carreira na política? «Quero uma carreira, mas não como político - isso não é carreira», diz o adolescente que, prestes a ingressar no 12.º ano na área de Economia, mede cada palavra com cuidado.
A ponderação nem o permite eleger o ponto alto da Universidade: «Não quero ser injusto; todas as conferências foram igualmente boas», responde, apesar de ter guardado na memória os ensinamentos de uma intervenção sobre McCain e outra dada pelo «reitor». «O ponto alto, mesmo, foi a chegada», admite.
Os 100 alunos frequentaram as aulas divididos em grupos e foi «um desafio» estar com colegas de «26 e 28 anos». «Sabem mais do que eu em geral e mais sobre política, porque pertencem a estruturas partidárias». «Mas eu gosto de "aterrar de pára-quedas", ver a reacção das pessoas e depois expor as minhas ideias: não é a idade que me vai parar».
Com ou sem filiação, na Universidade de Verão «não há uma cartilha ideológica: há uma lista de regras, de trabalhos a cumprir, mas há sobretudo que ter vontade, querer saber mais, ser pontual, solidário e construtivo».
João Almeida mostra essa «vontade de saber mais», em conversa com o PortugalDiário, garantindo que, apesar da postura que aparenta, «não é um rapaz de 16 anos diferente dos outros: É preciso é saber encontrar os miúdos de 16 anos!».
IOL