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Maior rapidez no atendimento na Maternidade Alfredo Costa

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Maior rapidez no atendimento na Maternidade Alfredo Costa

Menos pessoas e maior rapidez no atendimento são algumas das palavras utilizadas por utentes da urgência da Maternidade Alfredo da Costa hoje de manhã, dia em que reabriu a maternidade no hospital de Vila Franca de Xira.

A falta de pessoal, as férias e o encerramento das urgências obstétricas nos hospitais de Vila Franca de Xira [que reabriu hoje] e São Francisco Xavier, em Lisboa, fizeram com que o encerramento das urgências na Maternidade Alfredo da Costa (MAC) tivesse sido «ponderado» depois de mais um turno com falta de pessoal.

Hoje de manhã, cerca das 10:00, estavam nas urgências da MAC cerca de 12 utentes, sendo que alguns eram acompanhantes de grávidas.

A maioria referiu estar menos gente do que o habitual e o serviço mais célere, mas nenhum soube dizer se na origem da melhoria estaria a reabertura da maternidade em Vila Franca de Xira.

Quase a ser pai pela primeira vez, João Alves - que aguardava pacientemente à entrada da urgência da MAC por notícias da mulher que estava a ser atendida - disse à Lusa que a manhã estava mais calma.

«Estivemos para aí meia hora à espera para ser atendidos. Foi bastante rápido comparado com a última vez que cá estivemos», contou.

João Alves adiantou que ele e a mulher estiveram seis horas nas urgências da MAC em meados de Agosto.

«Sinceramente, naquela dia foi o caos total. Era a confusão, o calor, as pessoas a reclamar e bebés a chorar. Era de levar qualquer um ao desespero», disse.

Contudo, hoje João Alves considera que está mais calmo: «Não sei se tem a ver com a abertura da maternidade em Vila Franca de Xira ou se foi sorte mas está mais calmo». Também Antónia, grávida de cinco meses, contou à Lusa que hoje «está menos gente do que na passada sexta-feira», dia em que já tinha estado na urgência por indisposição.

«Tem sido uma gravidez complicada com muitas indisposições e, por isso, tenho recorrido muito à urgência nos últimos quatro meses», adiantou.

Antónia precisou que durante o mês de Agosto esteve na urgência duas ou três vezes e nunca menos de quatro a cinco horas à espera.

«Claro que é mais fácil para nós culpar os médicos pelas situações, mas na realidade sabemos que a culpa é do Governo que deixa que estas coisas ainda continuem a acontecer», disse.

Na opinião desta utente, as «coisas estão hoje um pouco mais calmas e com menos gente por causa da abertura da maternidade em Vila Franca ou porque calhou».

Para Luís Antunes, o serviço de urgência da MAC «está igual aos outros dias».

«Isto é sempre a mesma coisa. A minha mulher está aqui há uma hora e ainda não foi atendida. Pode até estar menos gente mas o atendimento continua demorado», disse.

Para este acompanhante, a situação nos hospitais públicos será sempre deficiente enquanto não se apostar na entrada de mais médicos.

«O Governo tem de olhar para estas situações. Somos seres humanos, pagamos os nossos impostos e por isso merecemos ser bem tratados», contou.

A Lusa tentou, sem sucesso, obter comentários do conselho de administração da MAC.

A falta de médicos na MAC, que é a maior do país, tem vindo a agravar-se desde 2006 e tem como principal causa a transferência de médicos para o sector privado e o envelhecimento dos profissionais, que podem, por isso, solicitar horário reduzido e recusar fazer urgências.

Os problemas agravaram-se com o encerramento das urgências obstétricas no Vila Franca de Xira e em São Francisco Xavier.

A maternidade do Hospital Reynaldo dos Santos, em Vila Franca de Xira, reabriu hoje de manhã depois de estar encerrada desde 14 de Julho, por motivo de obras destinadas à recuperação da cobertura do edifício.

O fecho deste serviço levou ao reencaminhamento das utentes para a Maternidade Alfredo da Costa, aumentando assim o número de atendimentos nas urgências desta instituição.




dd/lusa
 
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