- Entrou
- Abr 10, 2008
- Mensagens
- 3,080
- Gostos Recebidos
- 1
Uma nova descarga poluente, detectada na freguesia de Vaqueiros, matou milhares de peixes no rio Alviela. A água tingiu-se de negro, numa extensão de vários quilómetros. As autoridades ainda não detectaram a fonte poluidora.
Passavam poucos minutos das sete da manhã quando foi dado o alerta ao presidente da Junta de Vaqueiros, Firmino Oliveira. "Algumas pessoas começaram por notar o odor [a crómio] e a enorme mancha negra na água", relatou o autarca, sublinhando que, passado pouco tempo começavam a aparecer peixes à tona de água, denotando dificuldades em respirar. Passado algum tempo, boiavam, já mortos.
"É uma descarga de grandes dimensões", adianta ainda Firmino de Oliveira, explicando que poucas horas depois de detectada, a água de cor turva percorria já vários quilómetros do leito do rio.
A GNR foi alertada e, no local, esteve uma equipa de protecção da Natureza (SEPNA).
Segundo o presidente da Junta não se terá conseguido detectar a origem da fonte poluidora. O autarca afirmou ainda ao JN que, durante todo o dia, e "apesar de percorrer vários vezes a zona atingida", não avistou nenhuma autoridade a recolher água ou peixes mortos. "Não vi ninguém a fazer recolhas para análise", afirmou.
A ETAR de Alcanena, que trata os efluentes da indústria de curtumes e que, no passado, terá sido responsável por algumas descargas, foi apontada, ontem, por alguns populares como estando na origem da poluição. Mas Luís Azevedo, presidente da Câmara de Alcanena, assegurou que, ontem, aquele equipamento não apresentou qualquer problema de funcionamento.
JN
09.09.08