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Problemas ambientais causados pelas suiniculturas

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Associação cívica de Leiria critica "eternização" dos problemas ambientais causados pelas suiniculturas

A Associação para o Desenvolvimento de Leiria (ADLEI) manifestou hoje "incompreensão perante a eternização do flagelo ambiental decorrente do impacto poluidor das unidades agro-pecuárias" instaladas na região.


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"Vimos lençóis de espuma sobre as águas pestilentas da ribeira dos Milagres; sentimos o cheiro nauseabundo, percorrendo as suas margens; vimos plantações de hortícolas queimadas pelo despejo excessivo dos dejectos; vimos um rio Lis assoreado, com um fio de água suja correndo por entre um extenso matagal, levando consigo todo o tipo de lixo; sentimos o incómodo de uma autêntica praga de moscas e mosquitos", lê-se numa carta aberta hoje divulgada.

A carta da Associação surge quatro dias após a última descarga poluente na ribeira dos Milagres, denunciada pela Comissão de Ambiente e Defesa daquele curso de água.

O porta-voz da comissão, Rui Crespo, disse sábado que a descarga na madrugada daquele dia foi "grave" e lamentou o aproveitamento "da chuva, da noite, do fim-de-semana", combinação que considerou "useira e vezeira para a ocorrência de descargas".

Na carta aberta, a associação recusa os "irracionais suportes justificativos na dimensão da actividade económica, como se os 270 mil porcos, responsáveis por 83 por cento do esforço de tratamento dos efluentes, valessem mais que as cerca de cem mil pessoas afectadas, que apenas representam 12 por cento desse esforço financeiro colectivo".

"Acrescem ainda como repetidas justificações os 2000 postos de trabalho anunciados e os 600 milhões de euros de volume anual de negócios", lembra a associação, que questiona: "Em quanto se deverá calcular o impacto negativo provocado pelos factores poluidores na vida dos leirienses?".

A associação considera que radica no "peso financeiro deste negócio e na estranha inoperância das entidades responsáveis" a eternização do problema.

A associação pede ainda às entidades responsáveis que, "de uma vez por todas, assumam a imediata resolução destes assuntos, dando-lhes a prioridade que eles manifestamente apresentam".

A resolução do problema dos efluentes suinícolas produzidos na região de Leiria passa pela construção de uma estação de tratamento, projectada para a freguesia de Amor, concelho de Leiria. O presidente da Recilis, entidade responsável pela obra, afirmou que a obra deverá "começar no final do ano ou início de 2009".




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