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Papa iniciou visita a França

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Set 10, 2007
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Segurança máxima para Bento XVI.
As forças policiais e militares francesas foram colocadas em "estado de alerta máximo". No sábado, em Paris, são aguardadas 200 mil pessoas numa cerimónia religiosa, e, no domingo, outras tantas estarão no santuário de Lourdes.

Mais de 100 agentes especializados na protecção de personalidades rodearão em permanência Bento XVI durante a sua primeira visita oficial a França desde a sua eleição, há três anos e meio.

Só em Paris foram mobilizados 5.400 polícias e diversas zonas do centro da capital - desde a Catedral de Notre-Dame até aos Inválidos e à Ponte da Alma - foram desde hoje fechadas à circulação. Mesmo as estações de metropolitano foram encerradas. No sábado, o Papa preside a uma missa na Esplanada dos Inválidos, na margem esquerda do rio Sena.

Jean-François Demarais, responsável do comando da Polícia de Paris, disse tratar-se de "medidas normais" porque "o Papa é uma personalidade muito ameaçada e muito sensível". Durante a estadia do Sumo Pontífice na capital francesa, helicópteros e barcos completarão o dispositivo de protecção especial que foi preparado e minuciosamente testado durante os últimos seis meses.

No domingo, repetir-se-ão idênticas medidas de segurança com o envio de 3.800 agentes para a pequena localidade de Lourdes, onde o Papa se desloca para assinalar os 150 anos das aparições da Virgem.
Polémica com honras militares

O avião que transportava de Bento XVI aterrou no aeroporto de Orly às 11h10 (menos uma hora em Lisboa), onde o líder religioso foi recebido com honras de chefe de Estado pelo Presidente francês Nicolas Sarkozy, pela sua mulher Carla Bruni, e pelos chefes da Igreja francesa.

Foi a primeira vez, desde a sua eleição em Maio de 2007, que Sarkozy se deslocou ao aeroporto para dar pessoalmente as boas vindas a uma personalidade estrangeira. A seguir, toda a comitiva que acompanha o Papa, que chegou a Paris numa nave especial da companhia Alitália, seguiu para o Palácio do Eliseu, onde o líder da Igreja católica fará, durante o almoço, o primeiro dos seus previstos 11 discursos e homilias.

A visita papal decorre no meio de alguma polémica. A recepção com paradas militares no aeroporto e no Eliseu foi criticada por diversas personalidades francesas e pela oposição, designadamente pelo centrista François Bayrou (terceiro candidato mais votado nas Presidenciais francesas de há 16 meses).

"O Estado laico francês não deve dar tal dimensão à visita de um chefe de uma religião", disse Bayrou, que é católico praticante. Os serviços da Presidência responderam que Bento XVI foi recebido por Sarkozy como chefe do Estado do Vaticano.

Nos seus discursos, o Papa deverá abordar designadamente o delicado tema da laicidade, muito caro aos franceses e marco fundamental da República francesa. No decorrer da visita a França, Bento XVI tentará também travar o declínio da Igreja Católica no país, onde os templos acolhem cada vez menos fiéis. A Igreja local tem lutado sem grande êxito contra a deserção dos crentes e contra uma sensível falta de padres. Nos últimos anos foi, nomeadamente, obrigada a importar eclesiásticos estrangeiros.

Os fiéis franceses demonstram também muito menos entusiasmo relativamente a este Papa, por comparação com o seu antecessor, João Paulo II. Menos carismático, Bento XVI não beijou o solo à chegada a Orly, ao contrário do que fazia sempre João Paulo II quando pisava o chão de um país estrangeiro.

A visita oficial de Bento XVI a França decorre até à próxima segunda-feira.

Expresso
 
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