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Metade das cirurgias em regime ambulatório já em 2009

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Metade das cirurgias em regime ambulatório já em 2009

Metade das cirurgias programadas serão feitas em 2009 já no regime de ambulatório, caso sejam seguidas as recomendações apresentadas hoje por uma comissão especializada.

Em conferência de imprensa realizada no Porto, Fernando Araújo, da Comissão Nacional para o Desenvolvimento da Cirurgia de Ambulatório (CNaDCA), sustentou que o alcançar desta meta será «um passo decisivo na política de saúde em Portugal».

Segundo afirmou, as taxas de intervenções cirúrgicas naquele regime têm vindo a crescer, mas são ainda muito inferiores à da generalidade dos países europeus e dos Estados Unidos.

Em 2006, as operações em regime de ambulatório foram apenas 29 por cento do total, percentagem que cresceu para 38 por cento em 2007 e que se deverá fixar este ano em 40 por cento.

A CNaDCA, que foi criada no ano passado, apresentou agora o seu relatório preliminar, no qual preconiza 45 medidas para fomentar o ambulatório, em detrimento do internamento nas cirurgias.

Este documento entra agora em discussão pública, sendo a versão final analisada num congresso nacional que começa a 20 de Outubro, data que passa a ser o Dia Nacional da Cirurgia de Ambulatório.

Num despacho com data de quinta-feira, a ministra da Saúde, Ana Jorge, determinou já a concretização de algumas das medidas propostas, incluindo a apresentação de uma proposta, em sede de discussão do próximo Orçamento de Estado, para que a taxa moderadora aplicada à cirurgia de ambulatório seja equiparada à que se cobra por um dia de internamento.

A medida significa uma redução em 50 por cento, para cinco euros e dez cêntimos, da taxa aplicada à cirurgia de ambulatório.

Outra das propostas que a ministra da Saúde já acolheu reporta-se à entrega gratuita dos medicamentos para o pós-operatório em casa.

Pretende-se que esta entrega ocorra «em condições de segurança e equidade similares à dispensa de medicamentos para doentes internados no período pós-operatório», afirma o despacho ministerial.

Num conjunto de 45 recomendações apontadas pelos 37 membros da CNaDCA sobressaem ainda campanhas públicas junto dos utentes, formação específica dos agentes de saúde e um programa de investimentos em blocos hospitalares de cirurgia de ambulatório.

Mais incentivos aos hospitais para que optem pela cirurgia ambulatória, a criação de um prémio à unidade de saúde que mais se distingam nessa prática, realização junto dos utentes de inquéritos de satisfação e certificação das unidades ligadas são outras recomendações.

Segundo Fernando Araújo, as medidas propostas representam, a curto prazo, custos adicionais de 30 milhões de euro por ano, mas a médio prazo, vão obter-se poupanças da ordem dos três a quatro milhões de euros.


Diário Digital / Lusa
 
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