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Cavaco Silva nega tensão com o Governo
EDUARDO PINTO
Cavaco Silva esclareceu, esta sexta-feira, em Vila Real, que não há qualquer tensão entre a Presidência da República, o Governo ou o Parlamento. "Essa questão tem pouca razão de ser", disse, no final de uma homenagem a Manuel Alegre.
O presidente da República diz que vai "manter até ao último dia" a linha de orientação afirmada no início do seu mandato. Essa linha prevê a "cooperação" com os outros órgãos de soberania para ajudar a resolver os problemas do país e, em particular, com o Governo na realização de objectivos nacionais consensuais na sociedade portuguesa.
Cavaco Silva foi ontem a Vila Real entregar ao escritor e político socialista Manuel Alegre o prémio D. Diniz. Trata-se de um galardão que é atribuído anualmente pela Fundação da Casa de Mateus, desde 1981.
O D. Diniz tem actualmente o valor de 7500 euros e foi atribuído a Alegre pela sua obra "Doze Naus". A escolha foi feita por unanimidade pelo júri constituído pelos escritores Vasco Graça Moura, Nuno Júdice e Fernando Pinto Amaral.
"A obra de Manuel Alegre é sem dúvida uma das que mais se identificam com a nossa História", notou o chefe de Estado, congratulando-se com o que disse ser uma "feliz coincidência": o facto de ser um poeta, que também é político, a receber um prémio com o nome de um político que também foi trovador.
Este facto foi também realçado pelo escritor, que classificou de "momento muito especial" a cerimónia de entrega do prémio Dom Diniz. Curiosamente pelas mãos do seu ex-adversário nas últimas eleições presidenciais. Alegre considera, todavia, que "em democracia não há inimigos". Portanto, "se Cavaco Silva ganhou as eleições ele é também o meu presidente", acrescentou.
Durante o seu discurso e sem qualquer tipo de desvalorização do galardão recebido, Manuel Alegre confessou que em literatura "não há campeões". E explicou que os únicos prémios que não oferecem dúvidas "são os que se alcançam nas pistas de atletismo e de natação". "Ganha quem chega primeiro, quem salta mais alto e mais longe", sublinhou.
A entrega deste prémio foi apenas um dos pontos da agenda do presidente da República no périplo de três dias que ontem iniciou por Trás-os-Montes e Alto Douro. O dia de hoje versa o ensino, enquanto o dia de amanhã vai ser inteiramente dedicado aos parques naturais e às questões da conservação da Natureza, com passagem pelo Parque Natural do Douro Internacional.
JN
EDUARDO PINTO
Cavaco Silva esclareceu, esta sexta-feira, em Vila Real, que não há qualquer tensão entre a Presidência da República, o Governo ou o Parlamento. "Essa questão tem pouca razão de ser", disse, no final de uma homenagem a Manuel Alegre.
O presidente da República diz que vai "manter até ao último dia" a linha de orientação afirmada no início do seu mandato. Essa linha prevê a "cooperação" com os outros órgãos de soberania para ajudar a resolver os problemas do país e, em particular, com o Governo na realização de objectivos nacionais consensuais na sociedade portuguesa.
Cavaco Silva foi ontem a Vila Real entregar ao escritor e político socialista Manuel Alegre o prémio D. Diniz. Trata-se de um galardão que é atribuído anualmente pela Fundação da Casa de Mateus, desde 1981.
O D. Diniz tem actualmente o valor de 7500 euros e foi atribuído a Alegre pela sua obra "Doze Naus". A escolha foi feita por unanimidade pelo júri constituído pelos escritores Vasco Graça Moura, Nuno Júdice e Fernando Pinto Amaral.
"A obra de Manuel Alegre é sem dúvida uma das que mais se identificam com a nossa História", notou o chefe de Estado, congratulando-se com o que disse ser uma "feliz coincidência": o facto de ser um poeta, que também é político, a receber um prémio com o nome de um político que também foi trovador.
Este facto foi também realçado pelo escritor, que classificou de "momento muito especial" a cerimónia de entrega do prémio Dom Diniz. Curiosamente pelas mãos do seu ex-adversário nas últimas eleições presidenciais. Alegre considera, todavia, que "em democracia não há inimigos". Portanto, "se Cavaco Silva ganhou as eleições ele é também o meu presidente", acrescentou.
Durante o seu discurso e sem qualquer tipo de desvalorização do galardão recebido, Manuel Alegre confessou que em literatura "não há campeões". E explicou que os únicos prémios que não oferecem dúvidas "são os que se alcançam nas pistas de atletismo e de natação". "Ganha quem chega primeiro, quem salta mais alto e mais longe", sublinhou.
A entrega deste prémio foi apenas um dos pontos da agenda do presidente da República no périplo de três dias que ontem iniciou por Trás-os-Montes e Alto Douro. O dia de hoje versa o ensino, enquanto o dia de amanhã vai ser inteiramente dedicado aos parques naturais e às questões da conservação da Natureza, com passagem pelo Parque Natural do Douro Internacional.
JN