Bolsa de Lisboa: 15 de Setembro de 2008

Bolsa nacional inicia sessão a perder quase 2%
16 títulos no vermelho

O mercado bolsista nacional iniciou a sessão em queda, em sintonia com os principais congéneres europeus. Na abertura da negociação, seguiam 16 títulos a recuar, sendo os títulos com maior peso no índice aqueles que prestavam o maior contributo para este desempenho. O PSI-20 cedia 1,75%.

O índice de referência da bolsa nacional descia para os 8.209,93 pontos, com 16 cotadas em queda, duas em alta e duas estáveis. Também para os demais índices que já iniciaram a sessão o sentimento era negativo. Contudo, estes “benchmarks” registavam perdas superiores em torno dos 3%.

Os mercados seguiam a reflectir as novidades que surgiram após um agitado fim-de-semana em Wall Street. O Bank of America anunciou ontem que desistiu das negociações de compra da Lehman Brothers, o que levou esta instituição a solicitar pedido de falência. Após estes desenvolvimentos, o Bank of America anunciou que chegou a acordo para a compra da Merrill Lynch. Serão estes desenvolvimentos que vão marcar o desempenho dos mercados bolsistas mundiais.

Nas últimas sessões, os mercados têm sido condicionados pelos receios quanto à real situação do sector financeiro mundial. Estas preocupações deverão ser agravadas pelos últimos acontecimentos.

Por cá, a Portugal Telecom (PT) descia 2% para os 7,115 euros. No sector financeiro, o Banco Comercial Português (BCP) desvalorizava 2,60% para os 1,201 euros, o Banco Espírito Santo (BES) depreciava 2,23% para os 8,20 euros e o BPI recuava 1,41% para os 2,24 euros.

A Energias de Portugal (EDP) descia 1,47% para os 3,08 euros e a Galp Energia perdia 2,52% para os 12,18 euros.

Pela positiva destaque apenas para a Semapa que somava 1,99% para os 7,62 euros e para a Zon Multimédia que subia 0,04% para os 5,21 euros.

Jornal de Negócios

Bolsa nacional afunda mais de 4% com todos os títulos em queda

O mercado bolsista nacional seguia a acentuar a queda registada desde a abertura da sessão, perdendo mais de 4%, em sintonia com os principais índices europeus, numa altura em que as 20 cotadas do índice de referência seguiam em queda. Num dia marcado pela falência da Lehman Brothers e pela compra da Merrill Lynch pelo Bank of America a reacção das bolsas mundiais está a ser de forte queda.

O PSI-20 afundava 4,20% para os 8.005,39 pontos, a acompanhar os principais “benchmarks” europeus que cediam entre 3% e 5%, após as notícias de um agitado fim-de-semana do outro lado do Atlântico. Ontem, o Bank of America anunciou a desistência das negociações de compra da Lehman Brothers, que não tendo encontrado compradores, foi obrigada a entregar pedido de falência. No entanto, o Bank of America anunciou a compra da Merrill Lynch.

Estes desenvolvimentos demonstram a fragilidade do sector financeiro dos EUA e acentuam os receios com as instituições financeiras do país, o que deverá condicionar o desempenho das bolsas na sessão de hoje. Os mercados aguardam, também, com expectativa a reunião da Reserva Federal dos EUA que se realiza amanhã.

São estas notícias que estão a provocar uma sessão de perdas generalizadas na bolsa nacional. Destaque para o sector financeiro, com o Banco Espírito Santo (BES) a liderar as quedas e a desvalorizar 5,57% para os 7,92 euros, depois de ter chegado a negociar nos 7,90 euros, um mínimo desde Setembro de 2001.

O Banco Comercial Português (BCP) perdia 4,62% para os 1,176 euros, enquanto o BPI cedia 3,61% para os 2,19 euros. A instituição financeira liderada por Fernando Ulrich anunciou na passada sexta-feira que acordou com a operadora de telecomunicações angolana, a Unitel, a venda de 49,9% do Banco de Fomento de Angola (BFA), o que a levará a encaixar 475 milhões de dólares (340 milhões de euros).

Esta notícia já levou a Espírito Santo Research (ESR) a subir a recomendação para o BPI para "comprar".

Cinco títulos registavam quedas superiores a 5%. A Galp Energia depreciava 5,48% para os 11,81euros, também a reflectir a forte descida do petróleo nos mercados internacionais. A Mota-Engil caía 5,18% para os 3,48 euros e a Teixeira Duarte perdia 5,34% para os 0,958 euros.

A Energias de Portugal (EDP) cedia 5,31% para os 2,96 euros, tendo tocado num mínimo desde Julho de 2006 nos 2,96 euros, enquanto as acções da EDP Renováveis cotavam nos 6,01 euros, a descer 5,35%, no dia em que o BNP Paribas iniciou a cobertura do título com uma recomendação de “underperform” e um preço-alvo de 5,80 euros. A divisão para as energias renováveis da EDP negociou hoje no valor mais baixo desde que se estreou no mercado de capitais nos 5,95 euros.

A família Sonae também negociava em forte queda. A “holding” do grupo caía 4,08% para os 0,612 euros, a Sonae Indústria desvalorizava 4,28% para os 2,46 euros e a Sonaecom perdia 2,94% para os 1,88 euros.

A Semapa e a Zon Multimédia, os únicos títulos que iniciaram a sessão em alta, já inverteram essa tendência para acompanhar o movimento de descida da totalidade das cotadas na bolsa nacional. A empresa liderada por Pedro Queiroz Pereira desvalorizava 1,87% para os 7,331 euros, enquanto a companhia liderada por Rodrigo Costa perdia 3,01% para os 5,051 euros.

Jornal de Negócios

Bolsa nacional perde mais de 3%

As quedas nos mercados financeiros foram hoje generalizadas, com a bolsa nacional a seguir a mesma tendência. A falência da Lehman Brothers ditou perdas superiores a 3% nos mercados bolsistas e o PSI-20 não foi excepção. Destaque para a EDP e para o BES que tocaram hoje em mínimos de 2006 e 2001, respectivamente.

O principal índice da bolsa nacional fechou a cair 3,11% para 8.096,37 pontos, com 19 acções em queda e apenas a Semapa em alta. O PSI-20 acompanhou a tendência dos congéneres europeus que desceram entre 3 e 4%.

A principal responsável pela descida acentuada dos mercados bolsistas foi a Lehman Brothers, que esta manhã apresentou um pedido de falência, depois de várias companhias terem desistido da sua compra e o Governo norte-americano ter recusado uma intervenção como fez na Freddie Mac, Fannie Mae e Bear Stearns.

Os investidores reflectiram na negociação de hoje os receios de que novos processos de falência ocorram. A incerteza é grande e os receios de perdas aumentam, o que está a provocar queda acentuadas nas bolsas mundiais.

As quedas foram assim generalizadas na bolsa nacional. Destaque para os títulos do BES, que caíram 4,02% para os 8,05 euros, depois de terem negociado nos 7,85 euros, o que representa o valor mais baixo desde Setembro de 2001.

Em mínimos esteve também a EDP, ao tocar nos 2,957 euros. As acções da eléctrica fecharam a cotar nos 3,035 euros ao perderem 2,91%. Já a EDP Renováveis perdeu 4,41% para os 6,07 euros, no dia em que o BNP Paribas iniciou a cobertura do título com uma recomendação de “underperform” e um preço-alvo de 5,80 euros

O BCP fechou a cair 3,49% para os 1,19 euros e o BPI cedeu 3,43% para os 2,194 euros. A instituição financeira liderada por Fernando Ulrich anunciou na passada sexta-feira que acordou com a operadora de telecomunicações angolana, a Unitel, a venda de 49,9% do Banco de Fomento de Angola (BFA), o que a levará a encaixar 475 milhões de dólares (340 milhões de euros).

Esta notícia levou a Espírito Santo Research (ESR) a subir a recomendação para o BPI para "comprar".

A Semapa foi a única acção do PSI-20 que contrariou a tendência de perdas ao fechar a subir 0,04% para os 7,474 euros.

A Galp Energia perdeu hoje 4,84% para os 11,89 euros, acompanhando o sector petrolífero que está a ser afectado pelas quedas acentuadas do petróleo, que está a negociar abaixo dos 93 dólares por barril em Londres.

Jornal de Negócios