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Banco Lehman Brothers anuncia abertura de falência

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Banco Lehman Brothers anuncia abertura de falência

Justin Lane/EPA
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Lehman Brothers, o quarto maior banco dos Estados Unidos, anuncia bancarrota

O banco norte-americano Lehman Brothers anunciou esta madrugada que vai declarar falência, de forma a proteger os créditos e maximizar o seu valor. O Lehman Brothers, a quarta maior instituição bancária nos Estados Unidos da América, com cerca de 150 anos, enfrentava ultimamente uma grave crise. Em apenas uma semana as acções do Lehman Brothers caíram sete por cento.

Esta era a única saída, depois de o Barclays Bank e o Bank of America terem desistido da compra da instituição bancária.

O Barclays retirou-se ontem da corrida por considerar que “seria impossível adquirir o Lehman Brothers sem uma ajuda federal norte-americana semelhante à concedida em Março ao JP Morgan Chase, quando este adquiriu outro banco em dificuldades, o Bear Sterns”.

“Os clientes do Lehman Brothers, incluindo os clientes da sua filial Neuberger Bergman Holdings, poderão continua a negociar os seus títulos e a tomar as decisões que acharem por bem relativamente às suas contas”, lê-se no comunicado divulgado esta madrugada pelo banco.

No mesmo comunicado, o Lehman Brothers acrescenta “que a declaração de falência, aprovada pela direcção”, vai ser apresentada hoje na Câmara de Falências para o distrito Sul de Nova Iorque.

No terceiro trimestre do ano, depois de ter sido obrigada a importantes depreciações nos seus activos devido à crise no mercado imobiliário, a instituição bancária perdeu cerca de 3,9 milhões de dólares (2,7 milhões de euros).

Merril Lynch comprado por 50 mil milhões de dólares

Depois de desistir da compra do Lehman Brothers, o Bank of America vai comprar o Merril Lynch por 50 mil milhões de dólares (34,6 mil milhões de euros). A informação é avançada pela agência de notícias 'AP' que cita uma pessoa relacionada com o negócio.

A fonte, que falou sob anonimato porque o acordo final ainda não está concluído, revelou que o Bank of America, o maior banco de depósitos nos EUA, com sede na Carolina do Norte, vai pagar 29 dólares por acção da Merril Lynch. O preço constitui um acréscimo de 70 por cento sobre o valor transaccionado, na semana passada, em Wall Street, 17,05 dólares.

O negócio vai permitir criar um gigante capaz de ombrear com o Citicorp, a maior instituição financeira norte-americano, e alivia a incerteza que vivia o banco Merril Lynch, a maior empresa correctora do Mundo desde que começou a crise do crédito.

Reserva Federal dos EUA toma medidas para apoiar o sistema de crédito

A Reserva Federal norte-americana (FED) anunciou uma série de medidas adicionais para apoiar o sistema financeiro. Entre as medidas anunciadas está a ampliação dos actuais mecanismos para a concessão dos empréstimos.

Nos últimos três dias, a FED tem participado, em Nova Iorque, numa série de reuniões com representantes das principais instituições financeiras de Wall Street “para identificar as debilidades potencias no mercado”.

“Temos estado e continuaremos a estar em estreito contacto com os outros reguladores internacionais e norte-americanos, autoridades supervisoras e bancos centrais para supervisionar e partilhar informações sobre as condições nos mercados financeiros e empresas em todo o Mundo”, afirmou Ben Bernanke, presidente da Reserva Federal dos EUA.

Fundo de 70 mil milhões de dólares para acalmar mercados financeiros

Os dez maiores bancos mundiais anunciaram a criação de um fundo de 70 mil milhões de dólares (48,7 mil milhões de euros) para ajudar a acalmar os mercados financeiros nos Estados Unidos. Os dez bancos, onde se contam o JP Morgan Chase e o grupo Goldman Sachs, anunciaram que cada um avança com 7 mil milhões de dólares.

Com o lançamento deste fundo os dez maiores bancos mundiais esperam “aliviar problemas de escassez de crédito das instituições financeiras que ameaçam os mercados financeiros globais”.

A ideia é dar um sinal ao mercado de que os bancos, correctoras e outras empresas financeiras podem contar com o fundo para resolverem problemas de empréstimos.

O fundo está disponível para os bancos participantes, os quais podem receber uma injecção de liquidez até ao limite de um terço do total dos 70 mil milhões de dólares.


Cristina Sambado, RTP
 
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