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Três protestos marcam reinício das aulas

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Fev 29, 2008
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Encarregados de educação em Chelas, Beja e Galafura saem à rua

Três protestos marcam reinício das aulas

Pais de alunos de escolas de Chelas, Beja e Galafura (Régua) protestaram ontem contra a falta de condições dos estabelecimentos





Mais de uma dezena de pais e alunos da escola primária Manuel Teixeira Gomes, em Chelas (Lisboa), denunciaram ontem ao Presidente da República e à ministra da Educação a falta de condições do estabelecimento, que se mantém fechado. No último dia que as escolas tinham para arrancar com o ano lectivo 2008/2009, os pais garantem não haver data para o início das aulas naquele estabelecimento, por existirem apenas três auxiliares para 215 alunos. A manifestação ocorreu à porta da Escola Secundária D. Diniz, também em Chelas, onde decorreu a cerimónia de inauguração das obras de modernização com a presença do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, e presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa.
Segundo os manifestantes, a ministra referiu estar atenta à situação, enquanto o responsável da Direcção Regional de Saúde convidou os pais a contactá-lo. Já o autarca lembrou a construção da nova escola do Armador, que 'irá abranger toda a gente', e lembrou a reunião da semana passada com vários intervenientes para anunciar o calendário das intervenções nas escolas primárias. No entanto, os vários populares continuaram a dizer que pertencem a outro agrupamento de escolas e que querem saber quando é que os alunos podem contar com aulas. Segundo a porta-voz dos manifestantes, Lurdes Teixeira, na escola primária também falta de acompanhamento para uma aluna deficiente.
A mesma mãe referiu que no início de cada ano lectivo, os encarregados de educação têm pago 20 euros para despesas papel higiénico e fotocópias. 'Não nos dão recibo e dizem que é um donativo dos pais para a escola', referiu Lurdes Teixeira, apontando ainda as más condições do chão do recreio e o facto do refeitório funcionar num palco.
Os vários pais referiram que pertencem ao Parque das Amendoeiras e querem saber quando é que os alunos podem contar com aulas. Segundo uma fonte do gabinete da ministra da Educação, esta terá sido a única escola de Lisboa que não abriu no prazo estabelecido.

Protestos pelo País
No Alentejo, pais de alunos de uma escola básica de Beja fecharam o estabelecimento de ensino a cadeado, durante algumas horas, em protesto contra a falta de funcionários, acabando o protesto por ser suspenso depois de garantias da resolução do problema. Otélio Pereira, presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Básica nº 4 de Beja, explicou, à Lusa, que o estabelecimento conta 'apenas', com 'uma auxiliar de acção educativa para 170 alunos', o que é insuficiente para 'garantir a segurança', das crianças. Esta situação indignou os pais que, 'durante a madrugada', fecharam a escola a cadeado para 'pressionar a contratação de novas funcionárias', O protesto terminou e a escola reabriu às 8h45, depois do Centro de Área Educativa de Beja ter garantido que serão colocadas 'mais duas auxiliares', ainda esta semana. Apesar deste incidente, a Direcção Regional de Educação do Alentejo (DREA) afiançou não se ter registado 'qualquer anomalia', no arranque do ano lectivo na região.
Em Trás-os-Montes, os pais e encarregados de educação da escola básica do primeiro ciclo de São Leonardo da Galafura, concelho da Régua, fecharam de manhã os portões do estabelecimento de ensino a cadeado em protesto contra a concentração dos alunos em apenas duas turmas. O agrupamento de escolas da Régua decidiu eliminar uma sala de aula naquele estabelecimento de ensino, passando de três para duas, e ficando os alunos divididos em duas turmas com 22 crianças cada. Os pais não aceitaram esta medida e protestaram durante a parte da manhã. O vereador do pelouro da Educação, José Manuel Gonçalves, disse, à Lusa, que o protesto dos pais foi 'precipitado', e que, durante esta semana, vai ser encontrada uma solução, a qual passará pela reabertura de uma sala de aula ou por um professor de apoio. Adiantou ainda que as aulas na Galafura vão começar ainda hoje.
Já nas restantes regiões do País não houve registo de incidentes e todas as escolas iniciado as aulas como previsto.

CAIXA

Assinaturas «Em defesa da Escola Pública»

A CGTP iniciou ontem uma recolha de assinaturas para um manifesto em defesa da escola pública, à qual se associa a Federação Nacional de Professores (FENPROF), estando previstas acções ao longo da semana em todas as capitais de distrito. A organização sindical diz que o objectivo é alertar a consciência dos portugueses para 'os ataques que a escola pública portuguesa tem sofrido', Com críticas ao Governo, a campanha «Em Defesa da Escola Pública» resulta de uma decisão tomada pelo Conselho Nacional da CGTP-IN e termina no próximo ano com a realização de uma conferência nacional dedicada ao serviço público de educação. 'O manifesto pretende ser uma expressiva tomada de posição da sociedade portuguesa em defesa da escola pública democrática de qualidade para todos', afirma a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses-Intersindical Nacional (CGTP-IN).

Pais e alunos da escola primária Manuel Teixeira Gomes, em Chelas, denunciaram à falta de condições do estabelecimento

André Kosters/Lusa


Fonte: o primeiro de janeiro
 
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