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BCE vai injectar hoje mais 70 mil milhões de euros no mercado monetário

Hdi

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Set 10, 2007
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O Banco Central Europeu (BCE) vai injectar hoje mais 70 mil milhões de euros no mercado monetário da Zona Euro para aliviar as tensões ligadas à crise financeira desencadeada nos Estados Unidos.

A instituição vai lançar uma operação de refinanciamento de um dia, depois de na véspera ter efectuado uma operação semelhante no montante de 30 mil milhões de euros. Paralelamente, o BCE deverá proceder a sua operação semanal de refinanciamento.

O BCE procura assim dar alguma confiança aos bancos, após o choque da falência de ontem do banco de investimentos norte-americano Lehman Brothers.

Desde o início da crise financeira há um ano, os bancos estão mais reticentes a emprestar-se mutuamente dinheiro no mercado monetário, o que tem levado à subida das taxas de juro de mercado e ao aumento das prestações de quem tem empréstimos a taxa variável, que afecta particularmente as famílias que recorreram ao crédito para compra de habitação.

Os últimos desenvolvimentos da crise nos Estados Unidos, no início da semana, acentuaram o fenómeno e o BCE procura agora evitar uma crise de crédito, que penalizaria ainda mais a economia.

Crise declarou-se há um ano

Desde o Verão do ano passado que a banca americana é muito fustigada por grandes perdas, na ordem das centenas de milhares de milhões de dólares, devido à crise do crédito à habitação de alto risco, conhecido por “sub-prime”, afectando também o sistema financeiro na Europa – que tinha comprado títulos indexados àquelas dívidas, que em grande medida deixaram de ser pagas pelos proprietários.

O crédito conhecido por “subprime” caracteriza-se por ter sido concedido a pessoas ou famílias com rendimentos relativamente baixos e com fracos recursos económicos, muitos dos quais entraram facilmente em incumprimento com o agravamento das condições na economia americana e a perda de postos de trabalho.

A falência da Lehman Brothers faz parte de um novo ciclo de problemas do sistema financeiro norte-americano, depois de há uma semana o Governo dos EUA ter nacionalizado as duas maiores empresas do sector imobiliário, a Fannie Mae e a Freddie Mac, que se encontravam à beira da falência, por estarem muito expostas à crise do “subprime”.

Em cima da falência do Lehman Brothers, houve também a notícia de que o Bank of America vai comprar a Merrill Lynch (também com problemas), fazendo subir as preocupações sobre o crescendo de problemas económicos globais, que deverão fazer abrandar a procura de energia.

E, já hoje, os mercados financeiros internacionais estão particularmente atentos à evolução dos problemas do gigante segurador AIG, que beneficia de uma linha de crédito de emergência das autoridades reguladoras de Nova Iorque, na tentativa de suster os seus problemas de liquidez.

Lusa
 
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