- Entrou
- Set 24, 2006
- Mensagens
- 9,473
- Gostos Recebidos
- 1
Universidade de Coimbra desenvolve robô cirurgião
Investigadores da Universidade de Coimbra estão a criar um robô que, dentro de alguns anos, estará apto a realizar cirurgias minimamente invasivas nos hospitais, com grande inovação relativamente às soluções existentes.
Dentro de um ou dois anos poderá ser utilizado já em situações reais na tele-ecografia, por ser uma aplicação não invasiva, e um ano depois poderá ser testado em cirurgia de cadáveres, antes de humanos vivos, explicou à agência Lusa Rui Cortesão, coordenador do projecto.
Para este docente de electrotécnica na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), este robô em desenvolvimento pesará apenas 27 quilogramas e será "bastante mais barato" do que um similar existente no mercado, o Da Vinci.
Segundo Rui Cortesão, o Da Vinci custa um milhão de euros, tem uma dimensão elevada, ocupando uma sala, e não transmite ao cirurgião a sensação de contacto, a informação de força, ao contrário do sistema em desenvolvimento.
O robô médico, designado de WAM, de acordo com o investigador, será indicado para cirurgia minimamente invasiva, ou seja, para a cirurgia que se realiza através de pequenos orifícios abertos no corpo humano, ou pelos orifícios naturais.
«Melhor conforto para o cirurgião, integração em tempo real dos dados intra-operativos (movimento guiado por imagem e movimento controlado por força), cirurgia menos dolorosa e traumatizante para o paciente e tempo de recuperação mais curto» são algumas das características do invento, refere uma nota do gabinete de imprensa da FCTUC.
O robô, que poderá estar no mercado «dentro de cinco a sete anos», possui «um 'coração' recheado de um software altamente sofisticado composto por inúmeros algoritmos de controlo e diversos sensores, dotando-o de uma inteligência superior e de graus de liberdade extra que estão ao dispor do cirurgião», acrescenta.
De acordo com a mesma nota, o WAM «tem uma precisão intrínseca para garantir a máxima segurança», dispondo de uma «arquitectura de controlo global para garantir tolerância a falhas sensoriais e robustez a erros nos modelos».
Além da utilização na cirurgia, o robô ajuda o cirurgião no treino de destreza para situações reais e poderá ter uma aplicação na tele-ecografia.
«Com o encerramento de maternidades este robô poderá ser uma boa opção. O ginecologista pode estar em Coimbra e examinar ecografias de Bragança, Viseu, Guarda ou Castelo Branco. Para tal bastará a presença de um técnico no hospital», refere a mesma nota da FCTUC.
Iniciada há um ano, embora na sequência de estudos ao longo de cinco, a investigação conta com o financiamento da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Envolve sete investigadores da FCTUC e, numa fase avançada de testes, agregará a colaboração dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC).
Diário Digital / Lusa
Investigadores da Universidade de Coimbra estão a criar um robô que, dentro de alguns anos, estará apto a realizar cirurgias minimamente invasivas nos hospitais, com grande inovação relativamente às soluções existentes.
Dentro de um ou dois anos poderá ser utilizado já em situações reais na tele-ecografia, por ser uma aplicação não invasiva, e um ano depois poderá ser testado em cirurgia de cadáveres, antes de humanos vivos, explicou à agência Lusa Rui Cortesão, coordenador do projecto.
Para este docente de electrotécnica na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), este robô em desenvolvimento pesará apenas 27 quilogramas e será "bastante mais barato" do que um similar existente no mercado, o Da Vinci.
Segundo Rui Cortesão, o Da Vinci custa um milhão de euros, tem uma dimensão elevada, ocupando uma sala, e não transmite ao cirurgião a sensação de contacto, a informação de força, ao contrário do sistema em desenvolvimento.
O robô médico, designado de WAM, de acordo com o investigador, será indicado para cirurgia minimamente invasiva, ou seja, para a cirurgia que se realiza através de pequenos orifícios abertos no corpo humano, ou pelos orifícios naturais.
«Melhor conforto para o cirurgião, integração em tempo real dos dados intra-operativos (movimento guiado por imagem e movimento controlado por força), cirurgia menos dolorosa e traumatizante para o paciente e tempo de recuperação mais curto» são algumas das características do invento, refere uma nota do gabinete de imprensa da FCTUC.
O robô, que poderá estar no mercado «dentro de cinco a sete anos», possui «um 'coração' recheado de um software altamente sofisticado composto por inúmeros algoritmos de controlo e diversos sensores, dotando-o de uma inteligência superior e de graus de liberdade extra que estão ao dispor do cirurgião», acrescenta.
De acordo com a mesma nota, o WAM «tem uma precisão intrínseca para garantir a máxima segurança», dispondo de uma «arquitectura de controlo global para garantir tolerância a falhas sensoriais e robustez a erros nos modelos».
Além da utilização na cirurgia, o robô ajuda o cirurgião no treino de destreza para situações reais e poderá ter uma aplicação na tele-ecografia.
«Com o encerramento de maternidades este robô poderá ser uma boa opção. O ginecologista pode estar em Coimbra e examinar ecografias de Bragança, Viseu, Guarda ou Castelo Branco. Para tal bastará a presença de um técnico no hospital», refere a mesma nota da FCTUC.
Iniciada há um ano, embora na sequência de estudos ao longo de cinco, a investigação conta com o financiamento da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Envolve sete investigadores da FCTUC e, numa fase avançada de testes, agregará a colaboração dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC).
Diário Digital / Lusa