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Matérias-primas em queda com receios de redução da procura

Hdi

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Set 10, 2007
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As matérias-primas seguem a negociar em queda pressionadas pelos receios de que o abrandamento económico e a turbulência no mercado financeiro possam levar a uma redução da procura.

Os receios de uma redução da procura estão a afectar o mercado das “commodities” uma vez que a turbulência financeira que se faz sentir nos EUA está a aumentar as expectativas de uma redução do consumo.

A falência do Lehman Brothers ontem e os sinais negativos que apontam para o mesmo desfecho da maior seguradora por activos do mundo, a American International Group (AIG), aumentaram estes receios.

No que diz respeito ao petróleo, este mantém a tendência de queda tendo já perdido mais de 5% na sessão de hoje, seguindo a negociar em mínimos do início de Fevereiro. O Brent do mar do Norte, que serve de referência à economia portuguesa, negoceia em queda pela décima quarta sessão consecutiva e já tocou mesmo nos 88,99 dólares na sessão de hoje.

Os receios de uma redução da procura são mesmo o principal motivo apontado para a queda dos preços do petróleo, que já desvalorizou cerca de 38% desde que foram atingidos os máximos superiores a 147 dólares no dia 11 de Julho.

O relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que foi hoje divulgado, mostra uma revisão em baixa das previsões da procura petrolífera tanto para este ano como para 2009. Esta revisão seguiu-se às estimativas da Agência Internacional de Energia (AIE) que também apontam para uma queda da procura nos dois anos.

O West Texas Intermediate (WTI), em Nova Iorque seguia agora a cotar nos 91,80 dólares por barril e em Londres o Brent negociava nos 90,08 dólares.

Mas a tendência de queda não se verifica apenas no petróleo, uma vez que o restante mercado das matérias-primas está a ser afectado pelas expectativas de redução da procura.

O cobre, para entrega daqui a três meses, já perdeu mais de 3% para os 6,720 dólares por tonelada métrica, o valor mais baixo desde o dia 22 de Janeiro.

O açúcar também negoceia em queda, pela segunda sessão consecutiva, perdendo 2,2% para os 371,5 dólares por tonelada. A mesma tendência é seguida pelo milho, a soja e o trigo que seguem a desvalorizar.

O ouro depois de ontem ter contrariado a tendência das restantes “commodities”, ao fechar a sessão a ganhar mais de 2%, hoje está a perder 1,13%.

Perspectivas futuras

Os analistas contactados pela agência noticiosa norte-americana, esperam que os preços se mantenham em queda durante as próximas sessões uma vez que os dados económicos não se mostram favoráveis a uma estabilização.

“O medo é que uma deterioração acentuada da crise bancária nos EUA, se espalhe para a economia real e para a procura de petróleo” afirmou Carsten Fritsch do Commerzbank citado pela Bloomberg.

O analista do banco alemão acrescentou que “existe uma possibilidade de que os preços caiam mais antes de estabilizarem.”

Também Michael Aronstein, presidente da Marketfield Asset Management, afirmou que a turbulência que está a ser vivida no mercado financeiro “é uma parte de todo o abrandamento global que eu penso que esteja a migrar dos EUA para a Europa Ocidental e particularmente para os mercados emergentes.”

Aronstein acrescentou ainda que a questão central é que “a história da procura dos mercados emergentes estão têm sido fundamentais as matérias-primas.”

Jornal de Negócios
 
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