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Mundo tem produzido riqueza, mas não é sustentável prosseguir neste caminho

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Energia/ambiente: Mundo tem produzido riqueza, mas não é sustentável prosseguir neste caminho - Ministro da Economia

Lisboa, 16 Set (Lusa) - O ministro da Economia, Manuel Pinho, afirmou hoje que o mundo tem produzido riqueza, mas do ponto de vista da energia e do ambiente não é sustentável prosseguir neste caminho.

"Os vencedores da economia do futuro são os países que melhor souberem compatibilizar a energia e o ambiente com o crescimento económico", modelo que Portugal adoptou com o Plano Tecnológico para a energia e já ocupa a quinta posição a nível mundial na área das energias renováveis, salientou o ministro.

Manuel Pinho, que falava na Conferência sobre Energias Renováveis, na Fundação Oriente, em Lisboa, referiu também que há cinco anos a energia e o aquecimento global eram uma questão entre outras: "Hoje são a questão", salientou.

O ministro reiterou que a energia e o ambiente são uma questão de âmbito "verdadeiramente universal" e que exige uma resposta a nível global.

Actualmente, a Europa é responsável por menos de um quinto do consumo de energia e das emissões de dióxido de carbono (CO2) a nível mundial.

Manuel Pinho disse ainda que o mundo produziu progresso tecnológico e criação de riqueza, mas o problema reside, agora, num modelo que deixou de ser sustentável do ponto de vista da energia e do ambiente.

Em 2004, a capitalização bolsista das empresas do sector da energia equivalia a um terço da soma da capitalização bolsista do sector bancário e telecomunicações.

Em três anos, a situação "mudou radicalmente" e actualmente, diz Manuel Pinho, a capitalização bolsista das empresas deste sector é 50 por cento superior.

Sobre as emissões de CO2 por habitante em 2012, a meta portuguesa é de 7,6 toneladas por habitante, o que é inferior em um terço à meta da Alemanha e do reino Unido.

Segundo Manuel Pinho, Portugal ocupa o quinto lugar ao nível das energias renováveis, apenas atrás da Suécia, Áustria, Finlândia e Letónia.

"Produzimos, actualmente, 42 por cento da electricidade a partir de fontes renováveis, sobretudo água e vento", disse, adiantando que este valor subirá para 60 por cento em 2020, o que coloca Portugal no Top-5 europeu e, por ventura, mundial.

O ministro falou ainda da necessidade de se aumentar a eficiência energética, nomeadamente nos edifícios assinalando que foi lançada uma campanha de entrega gratuita de 4,5 milhões de lâmpadas de maior eficiência energética dirigida às famílias mais desfavorecidas e escolas, que irá chegar a cerca de 20 por cento da população.

Outro dos oradores, o economista Nicholas Stern falou das alterações climáticas, que devem ser tidas em conta pelos países em todo o mundo.

"O aumento da temperatura no mundo a evoluir ao ritmo actual vai fazer com que Londres tenha um clima igual a Portugal e Portugal seja idêntico a Marrocos", salientou.

O economista britânico, que disse não ser pessimista, pois muito se evoluiu nos últimos anos, referiu que as mudanças climáticas têm de ser encaradas de forma global, por todos os países, e por políticas públicas que incorporem este tipo de alterações nos modelos económicos.

Stern disse também esperar que os responsáveis dos Estados Unidos, após as próximas eleições, se encontrem com as autoridades chinesas para discutirem as questões climáticas.

"Os chineses são mais sensíveis do que supomos", adiantou, considerando que a energia e o ambiente não são incompatíveis com o comércio internacional, no qual países como os emergentes desempenham um papel relevante.

JS

Lusa/Fim
 
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