- Entrou
- Set 24, 2006
- Mensagens
- 9,473
- Gostos Recebidos
- 1
Médicos erram em 10% dos casos
Os utentes devem estar conscientes que quando vão aos serviços de saúde "as coisas podem correr mal", apesar de "normalmente correrem bem", alertou hoje um cirurgião, a propósito do erro médico, que afecta um em cada dez doentes. Em média, o erro afecta 10% dos pacientes.
José Fragata é director do Serviço de Cirurgia Cárdio-Torácica do Hospital de Santa Marta, em Lisboa, e irá sábado falar do erro médico durante um seminário sobre a "Segurança do Doente".
Em declarações à Agência Lusa, José Fragata defendeu uma discussão livre e aberta em torno do erro médico e que este não esteja tão envolto em "culpas", mas sim em "responsabilidades".
O clínico reconheceu que "os médicos não gostam de assumir o erro", pois este "é sempre a frustração de um resultado".
Na sua opinião, "mais importante do que perguntar quem fez isto [o erro] é tentar saber como é que isto aconteceu".
"Normalmente as coisas correm bem, mas as pessoas devem estar conscientes que, quando vão aos serviços de saúde, as coisas podem correr mal", disse.
E correm mal para uma em cada dez pessoas que recebem cuidados de saúde, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), que também reflectem a situação em Portugal, de acordo com José Fragata.
O cirurgião acrescenta que não existem especialidades médicas isentas de erro, porque "a medicina é feita por humanos e errar é humano".
Os erros devem, contudo, servir para a aprendizagem de quem está nos serviços, porque, "aprendendo com os erros, é possível evitá-los", disse.
O médico enalteceu os dispositivos de segurança que fazem com que hoje em dia os erros possam ser muito mais evitados.
José Fragata dá o exemplo dos alarmes nos monitores cardíacos que alertam para qualquer anomalia com o doente, ou a cor das mangueiras no fornecimento de anestesias, que informa quais os mecanismos que devem ser accionados.
São dispositivos de segurança que funcionam na medicina como o cinto de segurança ou o airbag na condução e que "ajudam os profissionais a errar menos".
O cirurgião alertou ainda para as condições em que o pessoal da saúde trabalha e que "condicionam os resultados".
"Um serviço com menos meios humanos não pode exigir aos seus funcionários bons resultados", disse, estendendo a ideia à capacidade de quem lidera e ainda às condições técnicas.
Perante o erro, José Fragata lembrou que este "faz sempre duas vítimas: o utente e o médico".
O seminário que irá abordar esta temática tem como objectivo promover a notificação, a análise, a prevenção do erro médico e dos acontecimentos adversos ou complicações decorrentes da intervenção médica.
JN
Os utentes devem estar conscientes que quando vão aos serviços de saúde "as coisas podem correr mal", apesar de "normalmente correrem bem", alertou hoje um cirurgião, a propósito do erro médico, que afecta um em cada dez doentes. Em média, o erro afecta 10% dos pacientes.
José Fragata é director do Serviço de Cirurgia Cárdio-Torácica do Hospital de Santa Marta, em Lisboa, e irá sábado falar do erro médico durante um seminário sobre a "Segurança do Doente".
Em declarações à Agência Lusa, José Fragata defendeu uma discussão livre e aberta em torno do erro médico e que este não esteja tão envolto em "culpas", mas sim em "responsabilidades".
O clínico reconheceu que "os médicos não gostam de assumir o erro", pois este "é sempre a frustração de um resultado".
Na sua opinião, "mais importante do que perguntar quem fez isto [o erro] é tentar saber como é que isto aconteceu".
"Normalmente as coisas correm bem, mas as pessoas devem estar conscientes que, quando vão aos serviços de saúde, as coisas podem correr mal", disse.
E correm mal para uma em cada dez pessoas que recebem cuidados de saúde, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), que também reflectem a situação em Portugal, de acordo com José Fragata.
O cirurgião acrescenta que não existem especialidades médicas isentas de erro, porque "a medicina é feita por humanos e errar é humano".
Os erros devem, contudo, servir para a aprendizagem de quem está nos serviços, porque, "aprendendo com os erros, é possível evitá-los", disse.
O médico enalteceu os dispositivos de segurança que fazem com que hoje em dia os erros possam ser muito mais evitados.
José Fragata dá o exemplo dos alarmes nos monitores cardíacos que alertam para qualquer anomalia com o doente, ou a cor das mangueiras no fornecimento de anestesias, que informa quais os mecanismos que devem ser accionados.
São dispositivos de segurança que funcionam na medicina como o cinto de segurança ou o airbag na condução e que "ajudam os profissionais a errar menos".
O cirurgião alertou ainda para as condições em que o pessoal da saúde trabalha e que "condicionam os resultados".
"Um serviço com menos meios humanos não pode exigir aos seus funcionários bons resultados", disse, estendendo a ideia à capacidade de quem lidera e ainda às condições técnicas.
Perante o erro, José Fragata lembrou que este "faz sempre duas vítimas: o utente e o médico".
O seminário que irá abordar esta temática tem como objectivo promover a notificação, a análise, a prevenção do erro médico e dos acontecimentos adversos ou complicações decorrentes da intervenção médica.
JN