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Sistema nervoso influencia defesas
Descoberta ajuda a perceber controlo do sistema imunitário
Investigadores do Reino Unido descobriram uma ligação directa entre o sistema nervoso e o sistema imunitário em nemátodes, que pode abrir portas para entender como é que o sistema imunológico funciona no ser humano.
Durante muito tempo pensou-se que existia uma ligação directa entre o sistema nervoso e o sistema que nos permite defender das bactérias e parasitas. Mas, “esta é a primeira vez que um estudo genético foi utilizado para demonstrar que os neurónios [as células do sistema nervoso] são capazes de regular a resposta imunológica em células distantes”, diz num comunicado o investigador Alejandro Aballay, do Centro Médico da Universidade de Duke, em Durham.
A investigação foi feita em C. elegans, um verme que é muito utilizado em ciência por se conhecer totalmente o seu genoma e pela simplicidade biológica que apresenta.
“Em mamíferos o estudo desta ligação é um grande desafio, mas o sistema nervoso em C. elegans está bem caracterizado e recentemente descobriu-se o sistema imunológico inato, o que torna este modelo óptimo para se investigar. Podemos estudar os mecanismos e o significado biológico da conversa entre o sistema nervoso e imunológico, e o nosso estudo abre um novo ramo de investigação”, diz o cientista que é primeiro autor de um artigo publicado na revista científica "Science".
No verme, os investigadores estudaram uma proteína – NPR-1 – que está na membrana dos neurónios e que recebe informação dos fluidos equivalentes ao nosso sangue. Ao estudarem vermes que tinham o gene da proteína mutado e a proteína disfuncional, o sistema imunitário inato não era activado deixando os vermes mais vulneráveis a doenças.
Assim, a proteína é essencial para receber sinais do exterior, activando os neurónios que enviam sinais para todo o corpo do verme que põem a funcionar as defesas deste. Este sistema inato, é composto pelas defesas mais simples que atravessam a maioria dos animais e também existem em nós.
Mas este estudo alcança outros domínios. “Para além da regulação neuronal da imunidade, este trabalho abre a porta para compreendermos como é que os neurónios regulam processos que não pertencem ao sistema nervoso, como a acumulação de gorduras ou a longevidade” explica Pamela Marion, uma doutorada do National Institutes of Health.
Descoberta ajuda a perceber controlo do sistema imunitário
Investigadores do Reino Unido descobriram uma ligação directa entre o sistema nervoso e o sistema imunitário em nemátodes, que pode abrir portas para entender como é que o sistema imunológico funciona no ser humano.
Durante muito tempo pensou-se que existia uma ligação directa entre o sistema nervoso e o sistema que nos permite defender das bactérias e parasitas. Mas, “esta é a primeira vez que um estudo genético foi utilizado para demonstrar que os neurónios [as células do sistema nervoso] são capazes de regular a resposta imunológica em células distantes”, diz num comunicado o investigador Alejandro Aballay, do Centro Médico da Universidade de Duke, em Durham.
A investigação foi feita em C. elegans, um verme que é muito utilizado em ciência por se conhecer totalmente o seu genoma e pela simplicidade biológica que apresenta.
“Em mamíferos o estudo desta ligação é um grande desafio, mas o sistema nervoso em C. elegans está bem caracterizado e recentemente descobriu-se o sistema imunológico inato, o que torna este modelo óptimo para se investigar. Podemos estudar os mecanismos e o significado biológico da conversa entre o sistema nervoso e imunológico, e o nosso estudo abre um novo ramo de investigação”, diz o cientista que é primeiro autor de um artigo publicado na revista científica "Science".
No verme, os investigadores estudaram uma proteína – NPR-1 – que está na membrana dos neurónios e que recebe informação dos fluidos equivalentes ao nosso sangue. Ao estudarem vermes que tinham o gene da proteína mutado e a proteína disfuncional, o sistema imunitário inato não era activado deixando os vermes mais vulneráveis a doenças.
Assim, a proteína é essencial para receber sinais do exterior, activando os neurónios que enviam sinais para todo o corpo do verme que põem a funcionar as defesas deste. Este sistema inato, é composto pelas defesas mais simples que atravessam a maioria dos animais e também existem em nós.
Mas este estudo alcança outros domínios. “Para além da regulação neuronal da imunidade, este trabalho abre a porta para compreendermos como é que os neurónios regulam processos que não pertencem ao sistema nervoso, como a acumulação de gorduras ou a longevidade” explica Pamela Marion, uma doutorada do National Institutes of Health.
Nicolau Ferreira
Publico
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