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"A pressão psicológica é a escravatura moderna", foi desta forma que a deputada do PCP no Parlamento Europeu, Ilda Figueiredo, ilustrou a situação difícil em que muitos trabalhadores exercem o seu trabalho. Afirma ter ouvido as queixas das trabalhadoras da SousaCamp, em Paredes, uma unidade de produção agrícola de cogumelos.
"As operárias são obrigadas a trabalhar todos os dias, incluíndo sábados, domingos e feriados. Trabalham em média 9 a 10 horas por dia, e, nalguns dias, 14 a 15 horas", revelou. Ilda Figueiredo afirma que as trabalhadoras são "vigiadas por câmaras" e que os acidentes de trabalho "aumentaram devido ao excesso de horas de trabalho". "Algumas delas mostraram recibos de vencimento com o salário mínimo nacional, "onde não constam horas extraordinárias mas apenas um valor diminuto como prémio de produção".
Indignada, Ilda Figueiredo, afirma que "é inadmissível, principalmente quando o ministro da Agricultura elogiou o sucesso do empresário, na visita que fez à empresa. " Não admito que o Governo promova empresas que não cumprem o direito laboral e que discriminem as mulheres para obterem lucros". Revela que na próxima semana, no PE, vai questionar a Comissão Europeia sobre os apoios concedidos a empresas que não são devidamente usados.
Em declarações à Lusa, o director da empresa, Artur Sousa, diz que na SousaCamp "cumpre-se a lei religiosamente". "Como empresário, não quero ganhar dinheiro à custa das pessoas. Ninguém quer explorar ninguém", frisou.
JN