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Elástico condutor é nova opção rumo à eletrônica flexível

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Set 24, 2006
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Quando o assunto são peles artificiais para robôs, a equipe do Dr. Takao Someya, da Universidade de Tóquio, é uma das primeiras a serem lembradas. Desde 2004 eles vêm aprimorando a inserção de sensores e circuitos eletrônicos em materiais flexíveis, que podem ser utilizados não apenas em robótica, mas também nos futuros " computadores de vestir."

Agora, o Dr. Someya anunciou a criação de um material condutor flexível que consegue manter a condutibilidade elétrica mesmo quando esticado até seu tamanho aumentar em 70%.

Avanço ou retrocesso?

À primeira vista parece ser um retrocesso em relação à pesquisa anterior, quando já havia sido demonstrada a construção de sensores e de circuitos eletrônicos feitos de componentes orgânicos sobre materiais flexíveis (veja Pele artificial para robôs tem avanços significativos).

No quesito capacidade de processamento realmente há um retorno à "estaca zero", já que um material condutor elástico é apenas o primeiro passo para se construir um circuito eletrônico flexível.

Mas o novo material pode representar um ponto de partida que permitirá que se alcance aprimoramentos superiores aos já alcançados, além de oferecer uma nova rota tecnológica que poderá se mostrar mais promissora.

Otimização de outras tecnologias

É o caso, por exemplo, da recentemente anunciada câmera digital que imita o olho humano. Os pixels dessa câmera são fabricados com materiais metálicos que ficam flexionados durante o processo de produção. Ao assumir o formato hemisférico, eles distendem, sem correr o risco de sofrerem fraturas, trincas ou mesmo se romperem totalmente.

Se forem construídas com o novo material agora apresentado pela equipe do Dr. Someya, essas interligações serão naturalmente flexíveis e poderão ser distendidas sem se romperem. E o processo de fabricação dos sensores será muito mais simples e rápido.

Circuitos eletrônicos em roupas

Além de ampliar as possibilidades de desenvolvimento da câmera que imita o olho humano, materiais condutores flexíveis serão essenciais na incorporação de circuitos eletrônicos às roupas e acessórios.

Além de tocadores de MP3 e telefones celulares, espera-se que em poucos anos já se possa comprar roupas contendo circuitos que monitorem a saúde das pessoas em tempo real (veja Roupas inteligentes utilizam biossensores para monitorar estado de saúde).

Material condutor flexível

O novo material condutor flexível é uma mistura de nanotubos de carbono com um polímero. Os nanotubos conduzem a eletricidade e o polímero dá a flexibilidade ao material.

Normalmente os nanotubos de carbono atraem-se fortemente, formando aglomerados difíceis de se separar. Para resolver esse problema, os pesquisadores dissolveram-nos em um líquido iônico, formando uma pasta, à qual foi adicionada o copolímero fluoretado.

O material resultante é laminado em uma placa de vidro e recebe uma cobertura de silicone e uma série padronizada de furos, para aumentar ainda mais sua elasticidade sem o risco de sofrer danos estruturais.

fonte: Inovação Tecnológica
 
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