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Painel publicitário divide opiniões - Porto

joseseg

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Mai 26, 2007
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O painel de publicidade, que cobrirá as obras no edifício da Câmara do Porto até Abril de 2009, está a dividir opiniões: há quem não veja problemas, mas há quem critique por se tratar de um anúncio a uma empresa.

"Fui apanhada de surpresa quando vi a publicidade e não gostei da situação", afirmou ontem Laura Rodrigues, presidente da Associação de Comerciantes do Porto, entrando na lista dos que contestam o painel por ser uma forma publicitária num edifício público. Aliás, ontem, ainda eram muitos os que olhavam com espanto para o taipal que, no caso, publicita os serviços da operadora de telemóveis Optimus.

Os custos das obras no edifício da Câmara - que incluem a limpeza da estátua de Almeida Garrett -, realizadas no âmbito do programa "Porto com Pinta", vão ser totalmente suportadas por aquele empresa. A contrapartida é a colocação de painéis nas estruturas que vão ser alvo de remodelação.

Laura Rodrigues não concorda que "o símbolo da cidade se entregue à campanha publicitária de uma empresa privada seja a que custo for". Também José Amarante, professor universitário, não vê com bons olhos a colocação do anúncio de um privado. Contudo, diz, não lhe "repugna que haja o patrocínio da empresa" no que respeita ao financiamento das obras.

Na opinião do biólogo Adriano Bordalo e Sá "um edificio público, património dos portuenses, não deve ser palco de divulgação publicitária seja ela pública ou privada". João Gomes, da União de Sindicatos, vai mais longe, questionando que "eventual troca de favores estará por detrás da colocação deste anúncio".

"Não vejo inconveniente algum desde que seja salvaguardada a isenção política e que as despesas da Câmara sejam minimizadas", afirma António Fonseca, presidente da Associação de Bares da Ribeira e Zona Histórica. Há ainda quem considere que a recuperação do edifício é o mais importante nem que, para isso, seja necessário recorrer ao investimento privado. "Acho melhor o patrocínio desta empresa do que estar a exigir aos contribuintes mais dinheiro", explica Rui Moreira, presidente da Associação Comercial do Porto.

Para alguns portuenses que passam junto à Câmara, a frente "até está bonita". "Quem vê de longe pensa que está mesmo a olhar para fachada", diz Manuel Silva, pintor de construção civil. Maria Carvalho, professora aposentada, prefere "ver a publicidade a cobrir o edifício do que olhar para os andaimes".

Inerida no programa "Porto com Pinta", da Agência para a Modernização do Porto, esteve já a recuperação das estátuas da Praça da Liberdade e da Avenida dos Aliados.


JN
 
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