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As operações de limpeza do fuelóleo derramado, no passado dia 14, na Vala Nova, Benavente, vão prosseguir durante pelo menos mais três meses, não tendo o acidente provocado qualquer morte em animais, disse hoje à Lusa fonte da protecção civil.
Segundo a fonte do Governo Civil de Santarém, as várias entidades envolvidas realizaram hoje, nas instalações da Idal, unidade de transformação de tomate responsável pelo derrame, uma reunião que visou fazer um ponto de situação e acertar procedimentos.
Segundo a fonte, a empresa já assumiu a responsabilidade pelo incidente, uma vez que a conduta que conduziu o fuelóleo para a vala deveria estar desactivada.
A conduta foi entretanto selada, garantindo que não voltará a acontecer outro incidente do género, afirmou a fonte, acrescentando que em situações análogas o fuelóleo é encaminhado directamente para uma das estações de tratamento existentes na fábrica, como deveria aliás ter acontecido.
A seguradora da indústria assumiu o pagamento dos custos à empresa Carmona e à Marinha Portuguesa, que têm estado a proceder à limpeza da Vala Nova, disse a fonte.
O equipamento de contenção colocado pela Marinha, que evitou a chegada do fuelóleo ao Tejo, vai permanecer no local, para evitar que eventuais partículas que se soltem das pedras e das margens da vala cheguem ao rio, adiantou.
Assegurando que o impacto ambiental “não foi grave” – não houve morte de peixes ou de qualquer outro animal -, a fonte afirmou que a operação de limpeza das pedras e das margens da vala terá de prosseguir pelo menos nos próximos três meses.
Os Serviços de Protecção da Natureza e Ambiente da GNR e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) levantaram autos contra a empresa, mas esta poderá vir a ter como atenuantes o facto de ter agido com rapidez e ter resolvido a situação de forma a que não volte a acontecer um incidente do género, adiantou.
Na reunião de hoje participaram, além de representantes da Idal e da seguradora, elementos da Agência Portuguesa do Ambiente (que vai constituir uma comissão de inquérito), da empresa Carmona, da Marinha, da Protecção Civil distrital e da CCDR-LVT.
O Mirante