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Bolsas mundiais sofrem maior queda desde 1997

Hdi

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Set 10, 2007
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As bolsas mundiais estão a sofrer fortes quedas na sessão de hoje, com o MSCI All-Country World Index a registar a perda mais acentuada desde 1997, numa altura em que a intensidade da crise financeira se está a agravar, com vários bancos a precisarem de ser socorridos. Os juros estão em forte alta, no mercado cambial o euro e a libra sofrem fortes perdas e as matérias-primas caem de forma acentuada, com o petróleo abaixo dos 100 dólares.

A crise financeira obrigou os governos europeus a socorrerem quatro bancos da Europa nas últimas 24 horas, e nos Estados Unidos o Wachovia foi comprado pelo Citigroup.

Os bancos centrais continuam a injectar montantes massivos de liquidez no sistema monetária, mas o mercado monetário continua “congelado”, o que provocou uma forte subida nas taxas de juro. As euribor, que servem de referência aos empréstimos dos portugueses, atingiram novos recordes.

O MSCI All-Country World Index, índice que agrega acções de 48 países, desceu um máximo de 4,4%, o que representa a queda mais acentuada desde Outubro de 1997.

Nos Estados Unidos, no dia em que está a ser debatido e deve ser aprovado o plano Paulson de 700 mil milhões de dólares para salvar o sistema financeiro, o Dow Jones cai 2,17% e o Nasdaq desce 3,81%. O S&P 500 cai 3,19%.

Na Europa o Stoxx 600 chegou a cair 4,7% para um mínimo intradiário de Janeiro de 2005. O AEX de Amsterdão, devidoà descida pronunciada do Fortis, lidera as quedas nos principais mercados, com uma descida de 7,48%. Na Irlanda a bolsa cai 12%.

Os mercados asiáticos também desceram fortemente, com o Sensex da Índia a descer 3,9% e o Micex da Rússia a perder 5,5%. O Bovespa do Brasil desce 5,6%.

Os investidores temem que possam ocorrer mais falências no sector financeiro.

A Bélgica, a Holanda e o Luxemburgo decidiram salvar o Fortis, injectando 11,2 mil milhões de euros no capital do banco com presença nestes três países, numa operação que se traduz numa “nacionalização parcial”, foi anunciado ontem à noite.

No Reino Unido, as autoridades públicas emprestaram 18 mil milhões de libras (22,57 mil milhões de euros) ao Bradford & Bingley, para assegurar os depósitos da instituição que, entretanto, foram comprados pelo Abbey National.

Na Islândia, o Governo islandês anunciou hoje que vai comprar uma posição de 75% do capital do Glitnir Bank, por 600 milhões de euros, devido às dificuldades de financiamento deste banco.

Na Alemanha, o Governo e alguns bancos privados vão providenciar uma garantia de 35 mil milhões de euros à segunda maior empresa de crédito hipotecário do país, Hypo Real, que está à beira da falência.

No mercado cambial estas notícias estão também a ter um forte impacto. O euro desce 1,23% para 1,4435 dólares e a libra regista a maior queda em 15 anos face à moeda americana.

No mercado das matérias-primas o dia está a ser de quedas acentuadas, com os investidores a temerem que uma possível recessão na economia mundial reduza o consumo. O petróleo em Londres recua 5,36% para 97,99 dólares e o crude, em Nova Iorque deprecia 6,1% para 100,37 dólares.

Jornal de Negócios
 
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