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CrianÇas Perversas

xatux

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O caso de bruxaria de Warboys levou várias crianças a comportamentos semelhantes em décadas posteriores. Em 1597, o jovem William Somers, de Nottingham, acusou 13 mulheres de o terem enfeitiçado antes de confessar que estava a mentir. Em 1616, John Smythe, de 13 anos, provocou o enforcamento de nove bruxas antes de as provas que apresentou se terem tornado suspeitas. Em geral, as crianças contavam histórias estranhas ou fingiam entrar em transe e ter ataques em que simulavam vomitar alfinetes, contas ou outros objectos. Os jovens delinquentes saíam impunes, dizendo que quem os tinha enfeitiçado era responsável pelo seu comportamento. Muitas crianças voltavam-se contra parentes próximos. Em St. Osyth, Essex, em 1582, Ursley Kem foi acusada de bruxaria pelo seu filho ilegítimo de 8 anos, tal como Cicely Celles também o foi pelos seus dois filhos – Henry, de 9 anos, e John, de 7.

No País Basco, uma bruxa que não confessasse aquilo de que a acusassem podia dar origem a que a propriedade familiar fosse confiscada. As relações entre pais e filhos eram tais que muitas crianças acusavam os pais ou os pais forçavam os filhos a confessar serem praticantes de bruxaria. Os pais achavam difícil evitar que os seus filhos participassem no sabbat com os seus vizinhos bruxos. Para o impedir, as crianças eram muitas vezes mantidas acordadas. Em certa ocasião, por volta de 1610, 40 foram enviadas para a residência paroquial para serem protegidas. Em Mora, Suécia, no ano de 1669, as crianças foram vistas como acusadoras e como vítimas quando se disse que as bruxas recrutavam centenas de crianças para entrar ao serviço do Demónio, levando-as ao sabbat para participarem nas suas orgias. A histeria americana de 1692 em Salem, Massachusetts, teve início quando as crianças acusaram adultos de provocarem o seu comportamento descontrolado. A imaginação fértil dos jovens conduziu à morte de muitas pessoas inocentes.

 
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