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Má qualidade da água em rios e ribeiras

xicca

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Um terço das análises feitas pela Quercus em 14 rios e ribeiras revela má qualidade da água


Quase um terço das 20 amostras recolhidas pelos ambientalistas da Quercus em 14 dos principais rios e ribeiras portugueses revelaram má qualidade da água, anunciou hoje aquela associação. O Dia Nacional da Água, que hoje se comemora, fica marcado, para além destas informações, pela tomada de posse dos dirigentes das Administrações das Regiões Hidrográficas (ARH), no ministério da Rua do Século, em Lisboa.

A Quercus recolheu as amostras na semana passada em vários pontos de 14 rios e ribeiras de norte a sul do país. "Os resultados são muito maus e confirmam o que tem sido divulgado pelas autoridades nos últimos anos", afirmou o presidente da Quercus, Hélder Spínola.

O rio Tejo, a jusante da barragem de Niza, foi o pior resultado registado, com a classificação de água "muito má". Mas a montante da barragem a qualidade da água também era "má", assim como a do rio Ave (Vila do Conde), no Sado (Santa Margarida do Sado), na Ribeira Quarteira (Paderne) e no rio Mira (Odemira).

A estas seis amostras de má ou muito má qualidade, juntam-se outras oito com qualidade "razoável": rios Tâmega, Douro, Mondego, Alcabrichel, Tejo junto a Alhandra, Sado próximo de Alcácer do Sal e Ribeira Vidigão (Vila Verde de Ficalho).

Qualidade boa só foi obtida no rio Corgo (Vila Real), Vouga (S.Pedro do Sul), Tejo em Constância e Guadiana (Serpa).

Das 20 amostras, só duas conseguiram obter uma qualidade de água excelente, nos rios Tâmega (Amarante) e no Zêzere (Constância).

A Quercus recolheu apenas uma amostra em cada um destes rios. "Reconheço que não é um estudo completo, que para o ser deveria ter mais amostras. Mas isso implica uma logística que a associação não possui", adiantou Heldér Spínola.

Mas os resultados desta amostragem vão ao encontro do que o próprio Instituto da Água tem revelado nos últimos anos, ao reconhecer que a qualidade da água tem ainda níveis muito baixos em Portugal.

"Os principais focos de poluição continuam a ser os esgotos domésticos, que não têm ou têm um tratamento deficiente, o abandono de resíduos que contamina as linhas de água e as escorrências de campos de cultivo por se usarem pesticidas em excesso", explicou.

Para a Quercus, o "estado normal" dos rios portugueses deveria significar uma prevalência da qualidade boa e não da razoável, como acontece actualmente: "A má ou muito má qualidade deveria acontecer em casos pontuais. É preciso tomar medidas urgentes para travar os focos de poluição", defendeu.

Tomam posse dirigentes das ARH para promover a gestão sustentável da água

Ao início da tarde tomam posse no Salão Nobre do Ministério do Ambiente os dirigentes das Administrações das Regiões Hidrográficas do Tejo, do Alentejo e do Algarve.

Segundo um comunicado do ministério, estas ARH têm por missão "proteger e valorizar as componentes ambientais das águas, bem como proceder à gestão sustentável dos recursos hídricos no âmbito das respectivas circunscrições territoriais de actuação".

Serão elas que irão elaborar e executar os planos de gestão de bacias hidrográficas, decidir sobre a emissão e emitir os títulos de utilização dos recursos hídricos, estabelecer redes de monitorização da qualidade da água e aplicar o regime económico e financeiro nas bacias hidrográficas.



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