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A qualidade da água do rio Zêzere em Constância é “excelente”. No Tejo, a água em Constância é “boa” e em Alhandra (Vila Franca de Xira) é “razoável”. Essas são algumas das conclusões retiradas das 20 amostras recolhidas pelos ambientalistas da Quercus em 14 dos principais rios e ribeiras portugueses.
As amostras foram recolhidas na semana passada em vários pontos de 14 rios e ribeiras de norte a sul do país, tendo em vista confirmar os maus resultados de qualidade que já fazem tradição em Portugal e assinalar o Dia Nacional da Água que se celebra a 1 de Outubro.
O rio Tejo, a jusante da barragem de Niza, foi o pior resultado registado, com a classificação de água "muito má". Mas a montante da barragem a qualidade da água também era "má", assim como a do rio Ave (Vila do Conde), no Sado (Santa Margarida do Sado), na Ribeira Quarteira (Paderne) e no rio Mira (Odemira). "Os resultados são muito maus e confirmam o que tem sido divulgado pelas autoridades nos últimos anos", afirma o presidente da Quercus, Hélder Spínola.
A essas seis amostras de má ou muito má qualidade, juntam-se outras oito com qualidade "razoável": rios Tâmega, Douro, Mondego, Alcabrichel, Tejo junto a Alhandra, Sado próximo de Alcácer do Sal e Ribeira Vidigão (Vila Verde de Ficalho). Qualidade boa só foi obtida no rio Corgo (Vila Real), Vouga (S.Pedro do Sul), Tejo em Constância e Guadiana (Serpa).
Das 20 amostras, só duas conseguiram obter uma qualidade de água excelente, nos rios Tâmega (Amarante) e no Zêzere (Constância). A Quercus recolheu apenas uma amostra em cada um destes rios. "Reconheço que não é um estudo completo, que para o ser deveria ter mais amostras. Mas isso implica uma logística que a associação não possui", adiantou Heldér Spínola.
O Mirante