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5 Outubro: CDS aplaude Cavaco, PSD não comenta, PCP e BE insatisfeitos com o diagnóst

brunocardoso

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5 Outubro: CDS aplaude Cavaco, PSD não comenta, PCP e BE insatisfeitos com o diagnóstico do Presidente



Lisboa, 05 Out (Lusa) - PCP e Bloco de Esquerda criticaram hoje o discurso do Presidente da República nas comemorações do 5 de Outubro, a líder do PSD recusou-se a comentar, mas o CDS aplaudiu as palavras de Cavaco Silva.

De todos os partidos com representação parlamentar que estiveram presentes na cerimónia das comemorações da revolução de 5 de Outubro de 1910, na Praça do Município, apenas a líder social-democrata. Manuela Ferreira Leite, recusou fazer comentários ao discurso proferido pelo chefe de Estado.

Em linhas gerais, o Presidente da República disse que Portugal enfrenta "tempos difíceis" e que essas dificuldades "não podem ser iludidas pelos agentes políticos".

"Quando a realidade se impõe como uma evidência, não há forma de contornar", sustentou Cavaco Silva.

Para o líder parlamentar do PCP, ao contrário que afirmou Cavaco Silva "Portugal não vive num momento de apaziguamento nas relações laborais", que "mais se agravarão se for aprovada a proposta de Código do Trabalho do Governo".

"O Presidente da República não responsabilizou as políticas de direita pela situação que actualmente vivemos", sublinhou Bernardino Soares.

Bernardino Soares recusou a perspectiva de que Cavaco Silva tenha sido crítico das políticas do executivo socialista.

"Não se viu em momento nenhum da intervenção do senhor Presidente da República uma crítica às políticas de direita que têm sido seguidas. Se não for melhorada a situação dos trabalhadores, não podemos resolver os problemas dos portugueses com muita fé e esperança", salientou o presidente do Grupo Parlamentar do PCP.

Em sentido diametralmente oposto, o deputado e dirigente do CDS-PP António Carlos Monteiro sustentou que o chefe de Estado "fez um discurso muito importante, sobretudo no apelo que fez ao realismo".

"Não adianta pintar a realidade do país de cor-de-rosa, porque os portugueses vivem momentos muito difíceis. Há uma responsabilidade do Governo para encontrar soluções e não adianta que esse mesmo Governo se limite a culpar a situação internacional", afirmou António Carlos Monteiro.

O dirigente do CDS-PP fez ainda alusão a algumas "bandeiras" políticas do seu partido, como a justiça, a segurança dos portugueses e a "necessidade de uma cultura de exigência na educação".

Já a deputada do Bloco de Esquerda Helena Pinto considerou que o Presidente da República "podia e devia ter ido mais longe nas críticas ao Governo".

"O Presidente da República fez um diagnóstico sobre alguns dos problemas do país, como o aumento das taxas de juro, o desemprego e a exigência de serviços públicos de qualidade - causas do Bloco de Esquerda", advogou Helena Pinto.

"Mas o Presidente da República podia e devia ter ido mais longe sobre a governação, porque estes problemas não estão desligados das políticas do Governo", acrescentou a deputada do Bloco de Esquerda.

Segundo Helena Pinto, é "fundamental que o Governo defina que medidas pretende tomar em Portugal e que medidas tenciona defender na Europa para fazer face ao crescente aumento das taxas de juro".

PMF.

Fonte:Lusa/fim
 
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