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Nobel da Medicina: Prémio atribuído a Harald zur Hausen, Francoise Barre-Sinoussi e a

Satpa

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Nobel da Medicina: Prémio atribuído a Harald zur Hausen, Francoise Barre-Sinoussi e a Luc Montagnier

Estocolmo, 06 Out (Lusa) - O Prémio Nobel da Medicina de 2008 foi hoje atribuído a Harald zur Hausen, Francoise Barre-Sinoussi e a Luc Montagnier pelos seus trabalhos sobre vírus, anunciou o Instituto Karolinska em Estocolmo.


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Lusa
 

Matapitosboss

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Nobel da Medicina, Luc Montagnier admite cura da sida através de vacina terapêutica

Um dos galardoados com o Prémio Nobel da Medicina de 2008, o virologista francês Luc Montagnier, admitiu numa entrevista à agência Lusa a cura da sida através de uma vacina terapêutica.

O investigador que isolou e identificou o vírus da Sida, juntamente com a sua colega Françoise Barre-Sinoussi, falou à Lusa em 30 de Maio no Estoril, onde se deslocou para participar no I Congresso Ibérico Anual sobre Medicina Anti-Envelhecimento e Tecnologias Biomédicas.

Barre-Sinoussi, Monagnier e o investigador alemão Harald zur Hausen foram os vencedores do Prémio Nobel da Medicina e da Fisiologia, hoje atribuído.

«Tem que se conseguir restabelecer totalmente o sistema imunitário para que o próprio doente possa lutar contra o vírus e isso não pode ser apenas através de medicamentos, porque os vírus desenvolvem novas formas de resistência, o que torna a corrida sem fim. Poderemos ter uma cura pela vacina», argumentou.

Montagnier têm-se batido desde há 10 anos pelo desenvolvimento de uma vacina terapêutica e lembrou que têm ocorrido «fracassos» na vacina preventiva.

Na sua perspectiva, o desenvolvimento de uma vacina terapêutica seria mais «simples e rápido» devido ao envolvimento de um menor número de pacientes nos ensaios clínicos.

O acesso a este tipo de vacina também seria mais fácil que aos medicamentos: «A toma de medicamentos tem que ser feita todos os dias e em países com muitas pessoas infectadas é impossível um tratamento durante toda a vida porque é muito caro. [A existir], com a vacina bastariam três administrações».

Luc Montagnier disse ainda à Lusa que a prevenção deve ser feita sobretudo através da educação e que o combate à infecção da SIDA também tem de levar em conta os níveis de vida da população.

«Em África as pessoas não têm acesso a água grátis, são pobres. Se pudermos melhorar os níveis de vida, mais homens não irão aceitar relações sexuais desprotegidas», ilustrou.

Por outro lado, o virologista considerou necessária a criação de «centros de medicina preventiva», onde as pessoas possam fazer exames completos, com recurso às novas tecnologias, e onde sejam identificados o «stress oxidativo e os agentes infecciosos que provocam as doenças».


Fonte Inf.- Lusa/SOL


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Satpa

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Doença de Alzheimer 'nasce na barriga'

O médico que descobriu o HIV diz em Portugal que os males da velhice surgem de uma infecção.

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Luc Montagnier: "Num curto período de tempo, menos de dez anos, poderá surgir uma vacina para curar a sida"
Thomas Coex/AFP

Expostas ao ar sem casca, maçãs, pêras ou bananas escurecem. Diz-se que houve uma oxidação, que também afecta o homem. A grande novidade é que esse processo de envelhecimento parece fortalecer bactérias que existem no intestino provocando infecções que, afinal, estão na origem de doenças como Alzheimer, Parkinson, diabetes e até cancro - até aqui atribuídas a um funcionamento deficiente de certas células.

A teoria é defendida pelo virologista que descobriu, em 1983, o vírus da sida e que esta semana esteve em Portugal - no Primeiro Congresso Ibérico Anual sobre Medicina Antienvelhecimento e Tecnologias Biomédicas, hoje encerrado em Cascais. Ao Expresso, Luc Montagnier garantiu que entre a maioria dos factores que provocam aquelas doenças típicas da velhice estão "infecções, inclusive, bacterianas". Por outras palavras: "Acreditamos que as bactérias que são detectadas no sangue dos doentes têm origem no intestino. Um bom sistema imunitário consegue evitar que essas bactérias más entrem na circulação sanguínea mas quando começamos a envelhecer deixamos de o conseguir impedir". Ou seja, há uma condicionante externa e o remédio está na prevenção.

"Muitas das doenças que aparecem quando envelhecemos têm um stresse oxidante muito forte, que podemos prevenir com antioxidantes através da alimentação". Esta é uma das áreas de investigação que o virologista tem em mãos e que poderá trazer grandes mudanças, inclusive no ensino médico. "O meu projecto visa estabelecer parâmetros de medicina preventiva que possam ser testados, a cada seis meses, nas pessoas a partir dos 40, 50 anos. Os resultados dessas análises, ao sangue, servirão para aconselhar a mudar a alimentação e a tomar suplementos nutricionais de prescrição médica".

A teoria tem um senão. "Os médicos têm de mudar, foram educados para tratar doenças agudas e não para lidar com a prevenção de doenças crónicas, e isso leva tempo". E tempo é o que mais falta nestes casos, que não afectam apenas quem é mais velho. "O stresse oxidante induz mutações no ADN e isso também é uma causa de cancro", alerta. Os tumores têm sido igualmente tema de estudo deste virologista e aqui também há revelações.

"Há vários cancros que já se sabe bem que são provocados por vírus, claro, em associação com factores ambientais, como o estilo de vida...". Luc Montagnier não arrisca uma previsão para a criação de mais vacinas preventivas do cancro - já existem duas no mercado, contra o tumor do colo do útero -, mas diz que seria desejável que surgissem para o carcinoma da mama, "cada vez mais comum".

Na área onde ganhou fama, o cientista repete a promessa habitual: que num curto espaço de tempo, para ele inferior a dez anos, surgirá uma vacina curativa para a sida. O virologista admite que as farmacêuticas estão a reduzir as verbas dos projectos, contudo "há bons avanços para criar uma vacina para a cura, que depois poderá ser modificada para a prevenção".



Texto publicado no Expresso de 31 de Maio de 2008

Vera Lúcia Arreigoso
12:00 | Segunda-feira, 6 de Out de 2008
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