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Há 70 mil casas em excesso no mercado

xicca

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Em Portugal, foram construídas e postas à venda mais 70 mil casas do que o bom senso aconselhava e como a Banca foi mãos largas na concessão de crédito, o efeito é o que sabe, refere o presidente do Instituto do sector, Ponce de Leão.

Os factores determinantes para a actual situação do sector imobiliário prendem-se com o excesso de construção e a facilidade na concessão de crédito para compra e construção de habitação por parte da Banca nos últimos anos. A explicação foi dada ontem pelo presidente do InCI, I.P - Instituto da Construção e do Imobiliário, Hipólito Ponce de Leão.

"Em Portugal, atingimos números impensáveis: 120 mil habitações por ano, quando deveríamos estar nas 50 mil", afirmou aquele responsável, na conferência Vida Viva 2008, que decorreu ontem, no auditório da sede do Instituto Português da Juventude (IPJ), em Lisboa.

Para o ex-presidente do Instituto Nacional da Habitação, nesta última década a Banca financiou inúmeros projectos de construção de condomínios nem sempre de alta qualidade, "e agora estamos a colocar trancas à porta".

Para Ponce de Leão, "a Banca e as seguradoras (que também têm financiamentos) têm uma responsabilidade efectiva na situação e os governos também".

Por um lado, sustenta, por não terem definido critérios de exigência em relação à qualidade dos empreendimentos e por não terem apostado mais no mercado do arrendamento, sobretudo para os jovens. "A recente lei do arrendamento foi uma aproximação ao que é necessário, mas ainda há muito a fazer para atingir a velocidade-cruzeiro", rematou.

Por seu turno, a directora da ADENE (Agência para a Energia), Ana Margarida Pinto, relembrou à plateia que, a partir de Janeiro próximo, todas as casas deverão ter um certificado de desempenho energético sempre que forem alvo de transacção comercial: venda ou arrendamento.

O certificado atribui um nível de eficiência à casa, de acordo com a tabela que também se aplica aos electrodomésticos e é passado por peritos credenciados, mas o custo da peritagem não está definido. A responsável estatal admitiu que são os técnicos que fixam os valores a cobrar. Até agora são apenas 350, estando 400 a concluir a sua formação.



JN
 
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