Quando um doente internado na Psiquiatria do Hospital Garcia de Orta, em Almada, precisa de cuidados de medicina interna, o hospital chama o INEM para o socorrer e levar às Urgências da própria unidade, a cinquenta metros de distância.
A situação é confirmada pelo director clínico, Luís Antunes. 'A Medicina Interna funciona no sétimo andar e os médicos demoram cinco minutos a chegar à Psiquiatria. O INEM é mais rápido. E, nestes casos, um minuto de atraso é suficiente [para haver danos cerebrais]', defende o responsável.
A partir das 20h00 a assistência médica aos doentes internados em qualquer serviço do hospital é assegurada pelo médico da urgência interna. Mas como a Psiquiatria funciona numas instalações novas, a cinquenta metros do edifício principal, 'em situação de emergênciamédica definiu-se que seria activada a equipa do INEM', diz o director clínico.
De acordo com Luís Antunes, quando o doente entra em paragem cardiorrespiratória – ou outra situação que necessite de socorro de emergência – o importante é chegar depressa. E a equipa que assegura a viatura do INEM, estacionada à porta do serviço de Urgência, é mais rápida a atravessar a rua que separa um edifício do outro do que os médicos do hospital no sétimo piso.
Sempre que uma viatura do INEM é chamada, o serviço tem de passar pelos serviços centrais – o centro de orientação de doentes urgentes (CODU). É então dada luz verde para a saída. Se a reanimação não ficar resolvida dentro do serviço de Psiquiatria, o doente é levado pela viatura para a Urgência. Neste caso, do próprio hospital.
Luís Antunes diz que só tem conhecimento da situação ter ocorrido uma vez. Mas refere que não foi caso isolado, porque este procedimento faz sentido e é 'para seguir sempre que haja uma emergência'. Apenas ocorre no internamento de Psiquiatria 'porque é o único que funciona num edifício separado'.
INTERNAMENTOS NÃO ESTAVAM PREVISTOS
Foi a pedido do Ministério da Saúde que o Garcia de Orta passou a ter internamento de Psiquiatria durante o ano passado. A unidade recebe agora os doentes da sua área de influência que antes estavam internados no Miguel Bombarda, em Lisboa. O que não estava previsto no contrato-programa de 2007 (onde são definidos os cuidados de saúde a prestar à população e o respectivo pagamento). Por isso, o conselho de administração explicou no relatório de contas que houve um aumento de custo e 'um agravamento da já de si altamente deficitária exploração económica e financeira do hospital'. Até porque 'teve de estabelecer contratos de prestação de serviços com profissionais do Miguel Bombarda e Júlio de Matos', que não quiseram perder o vínculo à Função Pública.
INEM NÃO TINHA CONHECIMENTO E VAI AVERIGUAR
Contactado pelo CM, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) informou não ter conhecimento da situação da Psiquiatria do Garcia de Orta. Mas acrescenta que vai averiguar o sucedido.
As viaturas do INEM que funcionam junto dos hospitais centrais e distritais são geridas pela própria unidade. Cabe a cada hospital fornecer os médicos que trabalham no socorro e que asseguram um serviço 24 horas por dia. Mas as saídas passam sempre pela validação dos serviços centrais de emergência. É o CODU que gere os meios existentes e que envia as viaturas para os casos que precisam delas.
Correio da Manhã
A situação é confirmada pelo director clínico, Luís Antunes. 'A Medicina Interna funciona no sétimo andar e os médicos demoram cinco minutos a chegar à Psiquiatria. O INEM é mais rápido. E, nestes casos, um minuto de atraso é suficiente [para haver danos cerebrais]', defende o responsável.
A partir das 20h00 a assistência médica aos doentes internados em qualquer serviço do hospital é assegurada pelo médico da urgência interna. Mas como a Psiquiatria funciona numas instalações novas, a cinquenta metros do edifício principal, 'em situação de emergênciamédica definiu-se que seria activada a equipa do INEM', diz o director clínico.
De acordo com Luís Antunes, quando o doente entra em paragem cardiorrespiratória – ou outra situação que necessite de socorro de emergência – o importante é chegar depressa. E a equipa que assegura a viatura do INEM, estacionada à porta do serviço de Urgência, é mais rápida a atravessar a rua que separa um edifício do outro do que os médicos do hospital no sétimo piso.
Sempre que uma viatura do INEM é chamada, o serviço tem de passar pelos serviços centrais – o centro de orientação de doentes urgentes (CODU). É então dada luz verde para a saída. Se a reanimação não ficar resolvida dentro do serviço de Psiquiatria, o doente é levado pela viatura para a Urgência. Neste caso, do próprio hospital.
Luís Antunes diz que só tem conhecimento da situação ter ocorrido uma vez. Mas refere que não foi caso isolado, porque este procedimento faz sentido e é 'para seguir sempre que haja uma emergência'. Apenas ocorre no internamento de Psiquiatria 'porque é o único que funciona num edifício separado'.
INTERNAMENTOS NÃO ESTAVAM PREVISTOS
Foi a pedido do Ministério da Saúde que o Garcia de Orta passou a ter internamento de Psiquiatria durante o ano passado. A unidade recebe agora os doentes da sua área de influência que antes estavam internados no Miguel Bombarda, em Lisboa. O que não estava previsto no contrato-programa de 2007 (onde são definidos os cuidados de saúde a prestar à população e o respectivo pagamento). Por isso, o conselho de administração explicou no relatório de contas que houve um aumento de custo e 'um agravamento da já de si altamente deficitária exploração económica e financeira do hospital'. Até porque 'teve de estabelecer contratos de prestação de serviços com profissionais do Miguel Bombarda e Júlio de Matos', que não quiseram perder o vínculo à Função Pública.
INEM NÃO TINHA CONHECIMENTO E VAI AVERIGUAR
Contactado pelo CM, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) informou não ter conhecimento da situação da Psiquiatria do Garcia de Orta. Mas acrescenta que vai averiguar o sucedido.
As viaturas do INEM que funcionam junto dos hospitais centrais e distritais são geridas pela própria unidade. Cabe a cada hospital fornecer os médicos que trabalham no socorro e que asseguram um serviço 24 horas por dia. Mas as saídas passam sempre pela validação dos serviços centrais de emergência. É o CODU que gere os meios existentes e que envia as viaturas para os casos que precisam delas.
Correio da Manhã