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Artes: Rui Calçada Bastos expõe em Berlim "Vida em Floresta de Fantasmas"

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Artes: Rui Calçada Bastos expõe em Berlim "Vida em Floresta de Fantasmas", de Lisboa a Xangai

Berlim, 07 Out (Lusa) - Rui Calçada Bastos expõe a partir de sexta-feira, em Berlim, o resultado da sua última pesquisa artística em grandes centros urbanos, de Lisboa a Xangai, em mostra intitulada "Life in a Bush of Ghosts" (Vida em Floresta de Fantasmas).

A mostra, que estará patente ao público na capital alemã até 15 de Novembro, compõe-se de quatro fotografias de grande formato, duas de médio formato e dois vídeos, imagens colhidas no quotidiano de grandes metrópoles.

O artista português apresenta assim a pesquisa artística realizada no último ano, que culminaram em dois meses passados em Xangai, a palpitante urbe chinesa, resultado de uma bolsa a Fundação Oriente que partilhou com Tatiana Macedo.

Lisboa, Madrid e Berlim foram também cenários eleitos por Rui Calçada Bastos para conceber as suas últimas obras, "usando as cidades como um estúdio, com um enorme leque de possibilidades que não existem num simples atelier", disse o artista, em Berlim à Agência Lusa.

Trata-se de um trabalho que requer "uma incursão obsessiva nas cidades, por onde tenho de deambular muito tempo, tentando sempre estar muito atento", explica o artista luso, que entretanto vive em Berlim há seis anos, e é representado em Lisboa pela Agência de Arte Vera Cortês.

"A exposição reflecte o permanente interesse de Rui Calçada Bastos pelo planeamento urbano, bem como a sua pesquisa artística da cidade global enquanto espaço de deambulação e estúdio sem lugar fixo", sublinha no texto de divulgação da mostra Eliza Tan.

A mesma especialista, que foi curadora do Museu Solomon R. Guggenheim, de Nova Iorque, por exemplo, refere ainda que esta forma de abordagem "é efémera, mas proporciona ao artistas ocorrências inesperadas, a visualização de inúmeros objectos e materiais e de cenas únicas do quotidiano".

O título da exposição de Rui Calçada Bastos evoca o álbum "My Life in the Bush of Ghosts", de Brian Eno e David Birne (1981), mas com a renúncia ao pronome possessivo "my" ele distancia-se dos seus primórdios, caracterizados por auto-referências, ainda segundo Eliza Tan.

A mostra decorre na Galeria Invaliden1, que Rui Calçada Bastos fundou com cinco artistas espanhóis, há 3 anos, depois de chegar a Berlim em 2002, como bolseiro da Fundação Gulbenkian, e artista residente da Künstlerhaus Bethanien.

A sua permanência na capital alemã "torna possível reenquadrar o trabalho artístico num contexto mais internacional", uma possibilidade que não teria em Lisboa, por exemplo.

Além disso, o preço moderado dos ateliers e dos apartamentos, e do custo de vida em geral, determinaram a opção por Berlim de Rui Calçada Bastos, tal como sucedeu com vários artistas plásticos portugueses nos últimos anos.

"Mas não foi só por isso que decidi ficar por aqui, foi também porque Berlim é uma cidade com imenso espaço para a nossa existência, na rua, no metro, como se fosse uma enorme aldeia", observa Rui Calçada Bastos.


FA
Lusa/fim​
 
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