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Apesar de ser a melhor alternativa para a mulher prevenir as doenças sexualmente transmissíveis, o preservativo feminino deixou de ser vendido em Portugal por falta de procura, que os especialistas atribuem a falhas de promoção e ao seu aspecto «desagradável», informa a Lusa.
Na segunda-feira termina o concurso público que vai permitir a distribuição gratuita destes contraceptivos nos centros de saúde. No entanto, segundo o presidente da Sociedade Portuguesa de Menopausa, Mário Sousa, as mulheres portuguesas não aderiram até agora aos preservativos femininos.
«Não tiveram praticamente adesão e a indústria que os colocou no mercado acabou por os retirar. Não foram considerados em termos de alternativa ao preservativo masculino, quando é precisamente o contrário. É a única alternativa válida que a mulher tem em relação ao preservativo masculino», declarou o médico Mário Sousa.
Material do preservativo é semelhante ao de um saco de plástico
O preservativo feminino tem a forma de uma manga e é constituído por dois anéis, um que fica dentro da vagina e outro que fica na zona exterior e que cobre parte dos lábios vaginais e do clítoris.
Apesar de os médicos o considerarem «muito fácil de colocar», reconhecem que o material do preservativo feminino, semelhante ao de um saco plástico, pode ter contribuído para que as mulheres portuguesas tivessem desistido de tentar este método para se protegerem de doenças como a Sida.
No entanto, o ginecologista sublinha que, em termos técnicos, o preservativo feminino é «francamente mais eficaz, por ser mais espesso e ter uma área de cobertura mais abrangente».
Objectivo é distribuir o preservativo gratuitamente às mulheres portuguesas
Mário Sousa realça a necessidade de campanhas promocionais que «indiquem claramente que é a única alternativa para a mulher se proteger quando um parceiro não quer usar preservativo». «É um mecanismo de defesa que está à disposição das mulheres. E isso deve ser explicado», justifica.
No ano passado, cerca de 50 mil foram distribuídos gratuitamente junto das organizações não governamentais que têm equipas de rua dirigidas sobretudo a prostitutas. A ideia é que os centros de saúde possam comprá-los, para os distribuírem gratuitamente às mulheres portuguesas.
iol