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Geociências: Especialistas lusófonos reunidos segunda e terça-feira em Coimbra

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Geociências: Especialistas lusófonos reunidos segunda e terça-feira em Coimbra

Coimbra, 12 Out (Lusa) - Especialistas em Ciências da Terra dos países de língua portuguesa reúnem-se segunda e terça-feira na Universidade de Coimbra para divulgar a cooperação nos domínios políticos, empresarial, académico e educacional.

A conferência internacional "As Geociências no Desenvolvimento das Comunidades Lusófonas" contará com 70 comunicações de especialistas da Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP), e quatro visitas de campo, vocacionadas para a formação dos participantes, uma delas ao Parque Natural do Fogo, em Cabo Verde, com escalada ao imponente vulcão, com 2.829 metros de altura.

"É um fórum de apresentação de toda a cooperação naquelas quatro áreas", declarou à agência Lusa Maria Helena Henriques, coordenadora do Comité Português para o Ano Internacional do Planeta Terra e docente do Departamento de Ciências da Terra da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), a entidade organizadora.

Neste encontro vão apresentar comunicações os intervenientes na cooperação no domínio das Ciências da Terra, sejam empresários, políticos, investigadores ou educadores, e o objectivo é que anualmente este fórum seja reeditado, eventualmente já em 2009 no Brasil.

Sendo a primeira conferência internacional sobre o tema, será também uma oportunidade para fazer um inventário das competências actuais dos geocientistas no seio da CPLP, e evidenciar a actividade intensa nesta área da ciência, mas ainda com escassa visibilidade.

Entre as comunicações a apresentar incluem-se trabalhos de natureza técnica e histórica ao nível da investigação, de aproveitamento de recursos, bem como de projectos educativos de desenvolvimento sustentável que têm sido dinamizados por pequenas escolas do Brasil.

Para além do espaço de partilha de ideias, da análise de políticas de cooperação e desenvolvimento e de projectos de investigação científica entre os PALOP, pretende ter uma acção formativa junto da população universitária dos diversos países de língua oficial portuguesa.

"Ano Internacional da Terra: cenários de cooperação na CPLP", "Geociências e actividade empresarial no espaço lusófono", "Geociências e cooperação científica no espaço lusófono" e "Geociências e lusofonia: uma agenda para o século XXI" são os temas dos painéis.

De entre os temas científicos estão previstos: "Geologia e Ordenamento do Território", "Prospecção de Georecursos" e "Educação para o Desenvolvimento Sustentável".

Além da visita de campo à Ilha do Fogo, em Cabo Verde, entre os próximos dias 15 e 20, os interessados têm oportunidade de participar em mais três visitas em Portugal, para avaliar o potencial petrolífero da Bacia Lusitânia, uma zona que inclui o Cabo Mondego e S. Martinho do Porto.

A encerrar a conferência será divulgada a Declaração de Coimbra, subscrita pelos participantes e pela Comités Nacionais para o Ano Internacional do Planeta Terra, de Portugal, Brasil, Moçambique e de Cabo Verde, este último em fase final de constituição.

Nesse documento, a que a agência Lusa teve acesso, os geocientistas lusófonos, alertam para a "preocupante fuga de cérebros" dos seus países, e apelam aos governantes para investir e criar condições de investigação para estancar essa tendência.

Apelam aos líderes dos países a "reconhecerem incondicionalmente", e a darem um apoio especial ao desenvolvimento das geociências na CPLP e sugerem, particularmente, o aumento dos orçamentos nacionais em formação e em investigação, olhando com especial atenção para a "preocupante fuga de cérebros, a qual vem enfraquecendo fortemente o sistema lusófono de investigação".

Para os promotores do documento, os geocientistas, e particularmente os geólogos, têm um importante papel social a desempenhar, nomeadamente na promoção da educação em geociências, contribuindo assim para melhorar a consciência dos povos para a necessidade duma gestão sustentável do ambiente e dos recursos naturais da Terra.

Ao fortalecerem as infra-estruturas científicas e os centros regionais de excelência "favorecerão de modo sustentável a emergência de investigação geocientífica de alta qualidade na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa", que ajudará na exploração de recursos minerais, energéticos e hídricos, e a encarar desafios ambientais dos seus territórios.


FF.
Lusa/fim
 
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