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Observatório do Meio Marinho a funcionar dentro de seis meses na Galiza e Norte de P

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Ambiente: Observatório do Meio Marinho a funcionar dentro de seis meses na Galiza e Norte de Portugal


Porto, 11 Out (Lusa) - O Observatório do Meio Marinho do Sudoeste Europeu deverá estar a funcionar nos próximos seis meses, com base num projecto orçado em quatro milhões de euros, no quadro da cooperação transfronteiriça entre o Norte de Portugal e a Galiza.

"É a primeira vez, em mais de 15 anos de cooperação com a Galiza, que estamos envolvidos num projecto de cooperação no domínio do mar", afirmou Paulo Gomes, vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), em declarações à Lusa.

"Existe actualmente um capital de conhecimento que permite a criação de um hiper-cluster ao nível da euroregião", acrescentou, salientando que, apenas no norte português, existem cerca de 300 centenas de especialistas em ciências do mar.

O projecto do observatório, que começou a ser preparado há cerca de dois anos e meio, envolve cerca de duas dezenas de parceiros das duas regiões, coordenados no lado português pelo Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMAR) e, na Galiza, pelo CETMAR e pela MeteoGalicia. O objectivo é responder à constatação de que o meio marinho está a sofrer mutações "muito mais rápidas do que é natural, devido às alterações climáticas".

Para responder a este desafio, foi decidido desenvolver um programa sustentado de observação do meio marinho e das actividades marítimas na região do sudoeste europeu, envolvendo meios existentes na Galiza e no Norte de Portugal e ligando-se em rede a programas e estruturas semelhantes existentes a nível europeu.

"O observatório vai criar uma plataforma de observação de fenómenos conotados com as alterações climáticas que devem ser monitorizados ao longo do tempo, de especial importância para a segurança marítima e para a elaboração de planos de emergência e de contingência face a desastres ecológicos", salientou Paulo Gomes.

Nessa perspectiva, o observatório poderá ser um suporte importante para as políticas públicas e para a actividade empresarial nesta área, promovendo ainda o desenvolvimento tecnológico e a cooperação entre universidades e centros de investigação das duas regiões.

A estrutura prevista inclui um sistema de bóias com sensores diversos e meios de acesso a dados de satélite, devendo envolver numa segunda fase o recurso a instrumentos de robótica submarina.

O observatório permitirá obter em contínuo dados meteorológicos e oceanográficos, complementando os dados actuais com dados históricos, de forma a compreender a evolução da situação. A informação recolhida irá beneficiar as entidades responsáveis pelas previsões meteorológicas e pela monitorização das costas oceânica, mas também actividades como as pescas, o controlo da poluição, o transporte marítimo, a náutica de recreio e a saúde pública.

O Observatório do Meio Marinho do Sudoeste Europeu será complementado com quatro projectos, a financiar pelo QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional. A sua sustentabilidade a longo prazo deverá ser garantida através da constituição de um consórcio, que poderá ter como sócios entidades governamentais, universidades, centros de investigação e empresas ligadas ao mar.

Por outro lado, no que se refere ao Norte de Portugal, o observatório estará directamente relacionado com o futuro pólo dedicado ao mar do Parque de Ciência e Tecnologia do Porto, que deverá ficar instalado em Matosinhos.

"Inevitavelmente, estamos de novo a voltar a olhar para o mar. Numa altura em que o mar adquire um novo peso, nós tornamo-nos menos periféricos, ganhamos uma certa centralidade", defendeu Paulo Gomes, considerando ser "absolutamente estratégico estar neste processo".


FR.
Lusa/fim
 
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