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Do «strip» da ASAE aos velhos conhecidos

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Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia chega ao fim

Do «strip» da ASAE aos velhos conhecidos

O cartaz do 14.º FITCM foi dos melhores de sempre e proporcionou diversos momentos de humor no grande auditório do Fórum.

João Miguel Ribeiro


A 14.ª edição do Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia (FITCM) marcou o regresso do humor às terras do lidador, num ano em que o programa terá atingido um dos níveis qualitativos mais elevados de sempre. O arranque não podia ter sido melhor, uma vez que ao espectáculo de rua de abertura se sucedeu o monólogo de Maria do Céu Guerra, a primeira grande ovacionada desta 14.ª edição. A actriz d’A Barraca, que não resistiu a incorporar excertos de Sá Carneiro num texto original de Gil Vicente, foi ainda senhora para ficar a conversar e ensinar o público após o espectáculo.
Seguiram-se, no grande auditórios, os belgas Joseph Collard e Elliot, artistas da disciplina do mimo que saíram dos cânones para interagir com os espectadores, com a curiosidade de terem recrutado, em dias consecutivos, o mesmo indivíduo como «alvo» de pequenas brincadeiras. Tratou-se de uma coincidência, com o jovem a ter de responder, no átrio do Fórum, não estar combinado com qualquer um dos actores.
Os espanhóis do Ados Teatroa fizeram regressar ao palco um espectáculo mais clássico na forma, o qual, sendo bom, ficou um pouco aquém dos restantes que os bascos trouxeram nas presenças anteriores.
Nesta onda de regressos alinhou também o Chapitô, com um «Drákula» de bom nível e que foi bem recebido por um público já fiel. Refira-se que, nesta peça, a «tempestade» no canal da Mancha provocou um ligeiro estrago no linóleo, prontamente aproveitado pelos actores para algumas piadas de improviso.
Já era quarta-feira e o programa assinalava a estreia de uma companhia australiana, o que fez alguns espectadores «descansarem» para o resto. No entanto, os «Gadgets» de Joel Slalom impressionaram o público, sobretudo o maléfico/melancólico deus canino Erik. Após uma aula técnica de malabares (de fazer inveja a muitos portugueses e espanhóis que já trouxeram artes circenses ao FITCM), o espectáculo terminou fazendo jus ao nome: não foi teatro, não foi concerto musical, foi um espectáculo multimédia multidisciplinar, que terminou com o 'instrumento musical activado por malabarismo com interface digital', e laser.
Seguiu-se mais uma experiência da direcção artística, que ousou levar ao palco um cabaret. Os Baal 17/Al-Masrah Teatro estrearam-se no FITCM com diferentes números característicos desta arte da boémia, pecando sobretudo ao nível sonoro. Porém, o «Caravan Cabaret» terá registado o ponto alto de toda esta 14.ª edição, com a intervenção da ASAE: os agentes, frustrados por não conseguirem deter os 'proscritos', que 'nenhum espectáculo quer', proporcionaram um espectáculo de «striptease» para a reacção mais sonora da audiência em todo o certame.
Aproximava-se o fim e Nola Rae, mais os coelhos, não precisou de falar para revisitar o exílio de Napoleão. A inglesa, desta feita, apostou num registo mais introspectivo e menos humorístico, mas correspondeu às expectativas que deixara na presença anterior.
Já o oposto foi protagonizado pelos Commedia a la carte, que apostaram na arte da improvisação a pedido do público. Felizmente, este não ajudou e, de trolha a «chulo», as diversas sugestões dadas pelos espectadores ajudaram a construir uma peça de boa qualidade.
O 14.º FITCM terminou com a estreia nacional de «Ptolomeu e a sua viagem de circum-navegação» (à hora de fecho desta página), bastante ovacionado aquando da recente estreia mundial em Cabo Verde, no festival Mindel’Act. O Teatro Art’Imagem, organizador do FITCM com a Câmara da Maia, vai levar «Ptolomeu...» ao Teatro do Campo Alegre entre 18 e 30 de Outubro.

Festival Internacional. Teatro Cómico regressou à Maia com uma das melhores edições de sempre

DR

Fonte: o primeiro de janeiro
 
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