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Nobel da Economia: Paul Krugman é o premiado de 2008

Hdi

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Set 10, 2007
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O economista norte-americano Paul Krugman foi distinguido, aos 55 anos, pelo seu trabalho na área da geografia económica e comércio internacional.

Paul Krugman é o economista distinguido com prémio do Banco da Suécia em Ciências Económicas - o chamado Nobel da Economia - deste ano, anunciou há minutos a Fundação Nobel.

Há vários anos na lista de candidatos prováveis, o norte-americano, famoso pela sua coluna 'No Free Lunch' do 'New York Times', foi escolhido pelo trabalho na área da geografia económica (questões relacionadas com a localização da actividade económica) e do comércio internacional.

Krugman tem 55 anos e é professor na Universidade de Princeton, nos EUA.

Numa análise à distinção recebida por Paul Krugman, diversos economistas portugueses consideram que o norte-americano revolucionou a forma de pensar o comércio internacional. Silva Lopes destaca a teoria de Krugman de que os mercados nem sempre funcionam: "Krugman trouxe uma inovação fundamental para a teoria do comércio internacional, sustentando e provando que há certas situações em que os mercados não funcionam bem", considera o ex-ministro das Finanças.

Até à publicação do artigo de Krugman sobre o comércio internacional, na década de 1970, a teoria que vigorava "era baseada na hipótese de que os mercados funcionavam bem" sozinhos e o mérito do novo Nobel da Economia foi, na opinião de Silva Lopes, "ter resistido a esta ideia".

O economista e professor universitário João César das Neves considera que a atribuição do Nobel a Krugman distingue "uma ideia muito simples, mas que revolucionou a teoria do comércio internacional". "Krugman demonstrou que pode haver comércio internacional se houver vantagens de escala e esta ideia genial mudou a economia do comércio mundial", afirma César das Neves, salientando que estes estudos originaram uma teoria geográfica da economia.

Por seu turno, Francisco Torres sustenta que a análise do agora laureado, que demonstrou que "as empresas podem explorar a procura de bens diferenciados pelos consumidores explorando, ao mesmo tempo, as economias de escala de um mercado alargado", foi "fundamental para a compreensão da importância do mercado interno na Europa".

Por outro lado, acrescenta o mesmo economista e professor da Universidade Católica,"com a integração da geografia e comércio internacional, Krugman vem chamar a atenção para os problemas da aglomeração e especialização e, portanto, para a sustentabilidade de zonas monetárias como os Estados Unidos ou a Zona Euro, bem como para alguns dos problemas da globalização".

LUSA
 
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