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Papa culpa consumismo, especulação e corrupção por fome no mundo

Matapitosboss

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Set 24, 2006
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O papa Bento 16 citou nesta quinta-feira "o consumismo", a "especulação desenfreada", "a corrupção" e "o investimento em tecnologia militar" como algumas das causas da existência de fome no mundo, em mensagem para o director-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), Jacques Diouf.

Na mensagem, emitida por ocasião do Dia Mundial da Alimentação em 2008, ele ressaltou que há vários motivos para explicar por que coexistem "a abundância e a penúria".

Entre eles estão "a corrida pelo consumo que não se detém apesar da menor disponibilidade de alimentos" e a falta de determinação "para frear egoísmo dos Estados e blocos de países para pôr fim à especulação desenfreada que afecta aos mecanismos de preço e consumo".

O papa acrescentou, como factores secundários para a existência da fome, "a falta de uma adequada administração dos recursos alimentícios causados pela corrupção na vida pública e o investimento crescente em armas sofisticadas e em tecnologia militar, em detrimento das principais necessidades das pessoas".

Bento 16 atacou "o actual interesse por conseguir bens materiais, esquecendo a verdadeira natureza da pessoa humana e suas aspirações mais profundas". "O resultado é, infelizmente, a incapacidade de cumprir com muitas necessidades de apoio dos pobres, e de compreender e não negar sua dignidade inalienável."

"Uma campanha eficaz contra a fome exige muito mais que um estudo científico para abordar a mudança climática ou os destinados principalmente à produção agrícola." O papa defendeu "um compromisso com a promoção da justiça social nas relações entre os povos, que exige a toda pessoa ser consciente de que os bens da criação estão destinados a todos".

Quanto à comunidade mundial, "a economia deve estar orientada à distribuição desses bens para sua utilização sustentável e distribuição justa dos benefícios". "Uma condição essencial para aumentar os níveis de produção e garantir a identidade das comunidades indígenas, e também a paz e a segurança no mundo, é garantir o acesso à terra, e portanto, promover aos trabalhadores agrícolas seus direitos", alegou.


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