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Imigrantes e desempregados encaminhados para o Alentejo

Hdi

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Esperados cerca de 30 mil

Cerca de 30 mil imigrantes são esperados no Baixo Alentejo para suprir as carências de mão-de-obra indiferenciada que os grandes projectos programados para a região vão necessitar a curto prazo, aponta como principal conclusão a conferência Imigração no Baixo Alentejo, realizada em Beja.

Maria Ioannis Baganha, investigadora no Centro de Estudos Sociais (CES) da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, concluiu que as necessidades de mão-de-obra naquela região serão supridas com três tipos de imigrantes: os cidadãos estrangeiros residentes em Portugal, mas que, "devido à prolongada recessão económica do sector da construção civil e obras públicas" no país, procuraram trabalho no mercado espanhol, que agora se encontra em retrocesso; os imigrantes provenientes dos novos países da União Europeia, sobretudo romenos, que deambulam pelo mercado europeu à procura de trabalho, e imigrantes de outras proveniências que tenham entrado no Espaço Schengen com visto de curta duração, mas que podem solicitar a sua regularização ao abrigo da Lei n.º 23/2007.

Também a comunidade brasileira e os portugueses desempregados de todo o país são encarados como potenciais fluxos migratórios que podem vir a preencher as necessidades de mão-de-obra no distrito de Beja.

Brasileiros em força

Outra das conclusões do debate sustenta que o fluxo migratório para Portugal está a mudar. Hoje, a maior parte dos imigrantes na região são brasileiros que substituem os naturais dos países leste-europeus.

Dados provisórios do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, relativos a 2007, referem que a comunidade brasileira é a mais representativa no distrito de Beja, com quase 690 residentes, seguida da ucraniana, com 639, a romena, com 584, e a búlgara, com 492 indivíduos de ambos os sexos. Cerca de dois terços do total da mão-de-obra imigrante trabalha na agricultura e construção civil.

Alberto Matos, da associação Solidariedade Imigrante, admite que aos cerca de 7000 trabalhadores imigrantes que estão legalizados no distrito de Beja se devem juntar "mais de um terço deste número, mas ilegais".

Ioannis Baganha alerta para os "impactos mais previsíveis" associados à vinda da nova onda de imigrantes, cujos efeitos se farão sentir "no sector da habitação", nomeadamente no mercado de arrendamento e no "segmento mais baixo do mercado", admitindo o aparecimento de "habitações precárias".

Aludindo às consequência de um previsível choque cultural, a investigadora sustenta que se poderá "agravar a tensão social" entre os naturais da região e os imigrantes, que pode vir a redundar num problema "grave de difícil solução".

A apanha da azeitona é uma das actividades sazonais dos trabalhadores imigrantes, especialmente os romenos

A Concluídas as obras da Barragem de Alqueva, boa parte dos imigrantes africanos que ali trabalhou partiu para outras paragens. Dos que eram oriundos do Leste europeu, sobretudo romenos, "alguns ficaram pelos montes, seduzidos pelos olivais e laranjais", conta Antónia Baião, dirigente de uma cooperativa em Moura que dá apoio aos imigrantes.As dificuldades em encontrar mão-de-obra local incentivou os imigrantes que ficaram a procurar na apanha da azeitona o seu modo de sustento sazonal, tarefa que intercalam com a apanha de fruta na Suíça.

Em 2007, cerca de 40 empresários ocuparam na apanha da azeitona 184 cidadãos romenos no concelho de Moura. Mesmo assim, os braços de trabalho não chegam, obrigando a Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos a procurar mão-de-obra naquele país do Leste europeu, mas sem grande sucesso. Um dirigente da cooperativa considera que a solução passa por "aproveitar os imigrantes que já estão no Alentejo".

A necessidade de mão-de-obra imigrante numa região onde persiste uma elevada taxa desemprego pode parecer um paradoxo. Com efeito, dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional relativos a 2008 revelam que o número de desempregados na região do Alentejo é de 18.600, parte significativa dos quais é feminina, "não-qualificada" e está condicionada por uma "elevada taxa etária". No escalão mais jovem cerca de cinco por cento de recém-licenciados vêem recusada a sua entrada no mercado de trabalho porque as empresas locais exigem, cada vez mais, mão-de-obra qualificada.

A investigadora de Coimbra sustenta que, a médio prazo, e concluídos os projectos para o distrito de Beja (aeroporto, regadio de Alqueva e ampliação do complexo de Sines), uma parte destes imigrantes abandonará a região, e outros se fixarão, iniciando-se um processo de reunificação familiar, como está a acontecer com os ucranianos que ficaram em Portugal, do fluxo iniciado em 2001. Mas diz não ter dúvidas que a mão-de-obra "tem servido para manter artificialmente baixos os salários", enquanto os lucros desta prática foram "desmesurados".

Público
 

basto22

GF Bronze
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oi, hdi, ja que falas-te em imigração,sera que me podias a ajudar nesta pergunta q tenho para fazer,que é o seguinte:
Identificar fluxos migratorios importantes verificados no seculo XX e XXi e relacioná-los com estruturas de oportunidades muito assimetricas entre regioes e países.

cumps
basto22
 

basto22

GF Bronze
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obrigado Hdi,pela ajuda;
ja agora, dentro do mesmo tema, não sei come responder a esta pergunta,não encontro nada na net,
Explorar caracteristicas dos polos de atracção de população e dos polos de repulsao;

cumps
basto22
 

mariaantonio

GF Bronze
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boas sou alentejano e vivo na zona
podem crer se vierem mais 30.000 morremos a fome
 
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