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O fim anunciado da Phoenix
Neve em Marte Crédito: NASA
Ao fim de poucos meses, a missão da sonda americana Phoenix está prestes a terminar. Habituados como estamos à duradoura prestação dos dois rovers (Spirit e Opportunity), este facto pode provocar alguma estranheza.
Contudo, não existem razões para tal: a posição da sonda na superfície de Marte não lhe permite resistir muito mais tempo, já que o Sol mergulha para o horizonte e as temperaturas baixam, trazendo o gelo (ou melhor, os gelos, de água e de dióxido de carbono) que há-de encerrar a sonda num túmulo branco.
Mas até lá, a sonda prossegue na sua missão, analisando amostras de solo e perscrutando o que se passa na atmosfera marciana.
Foi assim que foi detectada a formação e queda de neve a cerca de 4 km de altitude; porém, até agora, não parece haver evidências de que essa neve tenha atingido o solo do planeta vermelho.
Quanto ao solo, foi anunciado que tinha sido identificada a presença de partículas de carbonatos – outra prova, se necessário fosse, do papel que a água desempenhou no passado do planeta. Convém referir, ainda assim, que estas minúsculas partículas podem ter tido origem noutra região do planeta, e que a sua idade é de todo desconhecida.
Entretanto, a câmara MARDI, de que se fala noutra peça, vai ser usada para obter imagens detalhadas da área sob a sonda em que há gelo exposto (consequência da aterragem, feita com recurso a pequenos jactos) e muito provavelmente também para tentar perceber a natureza dos grãos que se acumularam na estrutura do trem de aterragem da Phoenix, e que parecem crescer e mudar de posição ao longo do tempo.
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Imagem do Dia: Marte
Crédito: NASA & The Hubble Heritage Team (STScI/AURA).
Telescópio: Hubble Space Telescope (NASA/ESA).
Instrumento: Wide Field Planetary Camera 2 (WFPC2).
A 26 de Junho de 2001, Marte teve a sua maior aproximação à Terra desde 1988, encontrando-se apenas a 68 milhões de quilómetros.
O telescópio espacial Hubble (NASA/ESA), que orbita a Terra, obteve esta imagem de Marte.
Com uma resolução de 16 km, é a imagem mais detalhada de Marte alguma vez obtida a partir da Terra.
Nuvens de gelo de água e tempestades de poeira destacam-se por cima da paisagem cor-de-laranja, revelando um planeta dinâmico.
Tal como a Terra, Marte tem estações do ano devido à inclinação do seu eixo de rotação.
Nesta imagem destaca-se a incrível quantidade de tempestades de poeira sazonais: uma, muito extensa, por cima da calote polar Norte, e uma outra, menor, bem perto daquela; no hemisfério Sul, existe igualmente uma grande tempestade de poeira saindo da gigante bacia de impacto Hellas (em baixo à direita).
Neve em Marte Crédito: NASA
Ao fim de poucos meses, a missão da sonda americana Phoenix está prestes a terminar. Habituados como estamos à duradoura prestação dos dois rovers (Spirit e Opportunity), este facto pode provocar alguma estranheza.
Contudo, não existem razões para tal: a posição da sonda na superfície de Marte não lhe permite resistir muito mais tempo, já que o Sol mergulha para o horizonte e as temperaturas baixam, trazendo o gelo (ou melhor, os gelos, de água e de dióxido de carbono) que há-de encerrar a sonda num túmulo branco.
Mas até lá, a sonda prossegue na sua missão, analisando amostras de solo e perscrutando o que se passa na atmosfera marciana.
Foi assim que foi detectada a formação e queda de neve a cerca de 4 km de altitude; porém, até agora, não parece haver evidências de que essa neve tenha atingido o solo do planeta vermelho.
Quanto ao solo, foi anunciado que tinha sido identificada a presença de partículas de carbonatos – outra prova, se necessário fosse, do papel que a água desempenhou no passado do planeta. Convém referir, ainda assim, que estas minúsculas partículas podem ter tido origem noutra região do planeta, e que a sua idade é de todo desconhecida.
Entretanto, a câmara MARDI, de que se fala noutra peça, vai ser usada para obter imagens detalhadas da área sob a sonda em que há gelo exposto (consequência da aterragem, feita com recurso a pequenos jactos) e muito provavelmente também para tentar perceber a natureza dos grãos que se acumularam na estrutura do trem de aterragem da Phoenix, e que parecem crescer e mudar de posição ao longo do tempo.
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Imagem do Dia: Marte
Crédito: NASA & The Hubble Heritage Team (STScI/AURA).
Telescópio: Hubble Space Telescope (NASA/ESA).
Instrumento: Wide Field Planetary Camera 2 (WFPC2).
A 26 de Junho de 2001, Marte teve a sua maior aproximação à Terra desde 1988, encontrando-se apenas a 68 milhões de quilómetros.
O telescópio espacial Hubble (NASA/ESA), que orbita a Terra, obteve esta imagem de Marte.
Com uma resolução de 16 km, é a imagem mais detalhada de Marte alguma vez obtida a partir da Terra.
Nuvens de gelo de água e tempestades de poeira destacam-se por cima da paisagem cor-de-laranja, revelando um planeta dinâmico.
Tal como a Terra, Marte tem estações do ano devido à inclinação do seu eixo de rotação.
Nesta imagem destaca-se a incrível quantidade de tempestades de poeira sazonais: uma, muito extensa, por cima da calote polar Norte, e uma outra, menor, bem perto daquela; no hemisfério Sul, existe igualmente uma grande tempestade de poeira saindo da gigante bacia de impacto Hellas (em baixo à direita).
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