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900 milhões de pessoas sem água potável

Mr.T @

GF Ouro
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Dados da ONU: 2,5 mil milhões vivem sem casas de banho adequadas

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A instalação de casas de banho e o fornecimento de água potável nos países mais desfavorecidos é o meio mais seguro de reduzir a pobreza e melhorar a saúde pública, segundo um relatório das Nações Unidas publicado domingo, refere a agência Lusa.
«Os problemas de água provocados largamente pela ausência gritante de casas de banho adequadas em vários locais contribui enormemente para os problemas mais sérios, entre eles a estreita relação entre o mau estado de saúde e a pobreza crónica», sublinhou Zafar Adeel, director da rede internacional de água, do ambiente e da saúde da Universidade das Nações Unidas, com sede no Canadá.

Perto de 900 milhões de pessoas em todo o Mundo não têm acesso a água potável e 2,5 mil milhões vivem sem casas de banho adequadas.

Destas últimas, 80 por cento residem em zonas rurais.

10 por cento das doenças devido a água imprópria para consumo

Segundo as Nações Unidas, 10 por cento das doenças no Mundo são atribuíveis ao consumo de água insalubre, à falta de casas de banho e de higiene, provocando mais de 3,5 milhões de mortes em 2002.

Cerca de quatro mil milhões de pessoas contraem diarreias todos os anos e 1,4 milhões de crianças com menos de cinco anos acabam por morrer apesar de 94 por cento desses casos serem evitáveis.

As diarreias crónicas podem levar à mal nutrição entre os mais jovens, tornando-os mais susceptíveis a outras doenças, que causam 860.000 mortes todos os anos, segundo as Nações Unidas.

A simples melhoria de acesso à água potável, a casas de banho e ao facto de se lavar as mãos com sabão pode reduzir em 25 por cento a taxa de doenças que resultam da falta de higiene.

Este relatório foi publicado no início de uma conferência internacional de dois dias organizada pela ONU em Hamilton, no Canadá, durante a qual vários peritos vão apresentar soluções para os problemas sanitários.


iol
 

xicca

GF Ouro
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Falta de água coloca mundo em alerta



Quando abrimos uma torneira para encher um simples copo de água raras vezes nos vem à lembrança que 1,1 mil milhões de pessoas em todo o mundo ainda não têm acesso a água potável e mais de 2,5 mil milhões continuam sem saneamento básico.

Não espanta, portanto, que, todos os anos, a diarreia e a malária, as duas principais doenças ligadas à qualidade da água, sejam responsáveis pela morte de 1,8 milhões e 1,3 milhões de pessoas, respectivamente, sobretudo nos países em desenvolvimento.

Várias regiões, como o Médio Oriente, o Norte de África e o Sul da Ásia, sofrem de escassez hídrica crónica. Neste momento, já quatro em cada dez pessoas no mundo vivem em zonas onde a água escasseia. O panorama vai tornar-se mais negro. Em 2025, estima-se que 1,8 mil milhões de pessoas vivam em países ou regiões com escassez grave de água, sendo que dois terços da população mundial deverá estar sob condições de stress hídrico.

Além disso, a escassez de água levará países e grupos armados a entrarem em conflito nos próximos 25 anos, sendo mesmo a primeira causa das guerras em África até 2030, principalmente em regiões pobres que compartilham rios e bacias hidrográficas. Segundo Amílcar Soares, responsável pela Rede de Observação e Análise da Desertificação e Seca, que dá como exemplo o conflito do Darfur, «a água já é um motivo de conflito entre países onde ela escasseia».

Portugal não foge à crise

Mesmo as regiões do mundo com maiores disponibilidades de água vão passar a conviver de perto com a escassez. Quase toda a Europa entrará em alerta amarelo em 2025 (Espanha, Alemanha e Itália são já hoje países neste nível de alerta), com destaque para os países da orla mediterrânea. De acordo com um relatório recente da Comissão Europeia, 33 bacias hidrográficas localizadas em 13 Estados-membros sofrem de escassez de água, representando 12 por cento do total do território europeu e 19 por cento da população europeia.

Nove das bacias hidrográficas mais sobreexploradas encontram-se em Portugal, que ocupa os três lugares cimeiros, com Sado, Oeste e Algarve. Os rios Ave, Vouga, Tejo, Guadiana, Douro e Minho ocupam, respectivamente, os 6º, 9º, 13º, 16º, 19º e 21º lugares.

Perante este cenário, os especialistas nacionais em recursos hídricos alertam que, dentro de 10 a 15 anos, o território nacional terá graves problemas de falta de água de qualidade, referindo que alguns dados podem ser enganadores. É o caso do Índice de Exploração de Água (IEA), relativo à pressão da procura sobre os recursos hídricos, segundo o qual Portugal se inclui num conjunto de nove países com baixo stress hídrico.

Sul mais afectado

Sobretudo na região Sul pode observar-se uma degradação da qualidade da água devido ao aumento da temperatura e à redução do escoamento nos meses de Verão.

«A escassez á claramente uma característica do Sul do País e de algumas zonas interiores do Norte e a causa principal é absolutamente natural. Trata-se da influência típica do clima mediterrânico, com as suas assimetrias temporais na precipitação e as elevadas taxas de evapotranspiração no Verão», explica António Chambel, especialista em recursos hídricos da Universidade de Évora.

Por mais barragens que ainda venham a ser feitas, alerta, «se não houver uma redução significativa das quantidades de água utilizada na agricultura, o sector que mais utiliza este recurso, dificilmente a situação poderá ser sustentável num horizonte de 100 anos».




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