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Penafiel: Misericórdia acusada de cortar na comida aos utentes idosos

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Misericórdia acusada de cortar na comida aos utentes idosos

Algumas funcionárias da Santa Casa da Misericórdia de Penafiel acusam a administração de servir pouca comida aos utentes beneficiários do apoio domiciliário. Emília Pinto e Natalina Ferreira denunciam o corte de quatro para três no número de pães distribuídos aos idosos que dependem da Misericórdia para tomar o pequeno-almoço, o almoço e o jantar. "Os recipientes de levar a comida são pequenos", refere Emílio Pinto, há 16 anos ao serviço da instituição.

Denúncias corroboradas por uma utente de 76 anos que paga 175 euros por mês para ter direito a duas refeições por dia. "No mês passado tiraram-me um pão. Em algumas ocasiões a comida é pouca e noutras ainda é menos", declara. Esta idosa avança, igualmente, que o marido foi aliciado a doar a casa à Misericórdia para beneficiar de um lugar no lar da instituição.

Emília Pinto e Natalina Ferreira, porta-vozes de outras funcionárias que preferem manter o anonimato com medo de represálias, acusam ainda as directoras técnicas de "revistar as carrinhas" utilizadas no apoio domiciliário "à procura de comida a mais" e dizem-se alvo de perseguições. "Somos postas de castigo e colocadas nos piores sítios. Se há uma funcionária que não seja querida é capaz de andar nas limpezas um mês seguido", referem.

Estas acusações são confirmadas pelo delegado sindical António Teixeira, que já reuniu com a administração da Misericórdia para tentar resolver questões relacionadas com o não pagamento de horas extraordinárias. "Fizemos uma proposta para que a Misericórdia pagasse cerca de cinco mil euros a cada uma das funcionárias, mas não foi aceite. Agora, vamos para tribunal", sublinha.

Ao DN, o provedor da instituição nega todas as acusações. Fernando Gonçalves defende que as queixas resumem-se a "duas funcionárias" que viram mudado o seu local e horário de trabalho. "Já estão a ser alvo de processos disciplinares", revela, enquanto sustenta que o corte do pão foi feito por indicação dos próprios utentes. "Eles é que disseram que era comida a mais", afirma. O provedor diz ser muito estranho que em 449 anos de história e entre 150 funcionários "só estas duas é que se queixam".

Fernando Gonçalves esclarece ainda que a Misericórdia não pode devolver dez mil euros pagos por Joaquim Pereira para que a esposa ficasse num dos lares da instituição e que agora são reclamados pelo idoso. Apesar de a mulher ter falecido 11 dias após ter dado entrada no lar, o provedor defende que os dez mil euros correspondem a um donativo à Misericórdia e não ao pagamento dos serviços prestados à utente.

DN
 
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