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Scanners nos aeroportos violam direitos humanos

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GF Ouro
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Instalação de visores corporais nos aeroportos, que permitem visualizar qualquer pessoa praticamente nua, põe o Parlamento Europeu em choque com a Comissão Europeia, que dera luz verde àquela inovação. Em causa está a possível violação da intimidade dos passageiros.

A instalação de scanners corporais nos aeroportos da União Europeia põe em causa, segundo uma resolução aprovada ontem no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, os direitos fundamentais dos passageiros aéreos. A medida proposta pela Comissão Europeia, que consiste na instalação de máquinas que permitem visualizar uma pessoa praticamente nua, atenta, assim, contra "a privacidade, a protecção de dados e a dignidade pessoal", pode ler-se na resolução dos eurodeputados.

A Assembleia europeia pediu ontem ao Executivo comunitário que, no prazo de três meses, apresente uma avaliação sobre o impacto da medida, que visa o aumento da segurança nos aeroportos do espaço europeu, solicitando ainda uma consulta da Agência Europeia dos Direitos Fundamentais e da Agência Europeia da Protecção de Dados.As duas agências ficam ainda incumbidas de fazer chegar ao Parlamento Europeu pareceres urgentes sobre as repercussões médicas e científicas que decorrem da utilização dos scanners corporais.

A tecnologia dos scanners corporais, na base da proposta da Comissão Europeia, permite a detecção não só de metais mas também de objectos de plástico, uma hipótese que se encontra já em prática numa minoria de aeroportos europeus.

Numa resolução movida por alguns eurodeputados e aprovada com 361 votos a favor e apenas 16 contra, os parlamentares questionam-se quanto "à justificação da medida, à sua proporcionalidade e necessidade numa sociedade democrática". O PE critica ainda a ausência de um debate amplo e público sobre a matéria proposta pelo Executivo de Durão Barroso. O Parlamento de Estrasburgo justifica ainda que não teve acesso a toda a informação relevante no processo.

Carlos Coelho, eurodeputado social-democrata, votou a favor da resolução dizendo que uma tomada de decisão de imediato seria "precipitada", acrescentando que este "é mais um passo numa escalada securitária que despreza valores essenciais das liberdades individuais e da dignidade da pessoa humana". O deputado social-democrata, que com o voto favorável contrariou a posição oficial manifestada pelo Partido Popular Europeu, família política a que pertence, acrescentou também que a União Europeia tem de "procurar outras soluções técnicas que possam permitir o mesmo tipo de análise de objectos transportados pelos passageiros sem obrigar a estes exames vexatórios". O regulamento proposto por Bruxelas não está sujeito ao processo de co-decisão, mas apenas de consulta e, como tal, o Parlamento não terá voto final na matéria. O resultado é que a Comissão pode simplesmente seguir o processo legislativo com os Estados membros sem sequer estar obrigada a cumprir a avaliação solicitada pela Assembleia. Apenas a Comissão Parlamentar dos Transportes foi consultada sobre a proposta de regulamento, sendo que, esclarece um porta-voz do Parlamento, esta "não bloqueou a proposta porque foi consultada apenas sobre os aspectos técnicos da medida e não sobre o impacto nos direitos fundamentais dos passageiros aéreos".

Ainda assim, uma fonte parlamentar explicou ao DN que o comissário europeu dos Transportes, Antonio Tajani, garantiu pessoalmente aos deputados que impulsionaram a resolução que a Comissão Europeia vai reequacionar a proposta naquilo que respeita ao seu impacto sobre os direitos humanos. No final deste processo, o resultado das negociações terá sempre de ser submetido à aprovação dos ministros da Justiça e Assuntos Internos dos 27 países da União Europeia, antes de ser transposta para a legislação nacional e entrar em vigor.

@ DN
 

Grunge

GF Ouro
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Alemanha contra scanners corporais nos aeroportos

Alemanha contra scanners corporais nos aeroportos

A Alemanha não vai participar no proposta da Comissão Europeia (CE) para introduzir nos aeroportos europeus controlos de segurança com scanners de corpo inteiro, que permitem visualizar os passageiros praticamente nus.

«Posso afirmar com toda a clareza que não iremos fazer parte deste absurdo», afirmou um porta-voz do ministério do Interior da Alemanha, citado pela Reuters.

A reacção alemã surge na sequência de uma proposta da CE para adicionar os scanners de corpo inteiro à lista de medidas de segurança que podem ser utilizadas nos aeroportos dos 27 estados-membros da União Europeia (UE).

Numa resolução aprovada quinta-feira no Parlamento Europeu, os eurodeputados consideraram que a medida põe em causa «a privacidade, a protecção de dados e a dignidade pessoal» dos passageiros aéreos, e pediram um estudo aprofundado sobre o impacto desta tecnologia antes da sua utilização.

O Executivo comunitário, por seu lado, defende que os scanners corporais já estão em uso em alguns estados da UE, incluindo a Holanda, e que a Comissão pretende harmonizar as condições em que estes podem ser operados.





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