Bolsa nacional volta a atingir mínimos de Agosto de 2003
Quebra barreira dos 6 mil pontos
Na última sessão da semana, os mercados accionistas em todo o mundo acentuaram as fortes perdas que sofrem desde o início do ano, um comportamento do qual a praça de Lisboa não sai ilesa. O PSI-20 já negoceia em mínimos de Agosto de 2003, perde mais de 54% desde o início do ano e todas as cotadas acumulam já "saldo negativo" em 2008.
“Negra” volta a ser a sessão para as bolsas mundiais. Na última sessão da semana, os mercados accionistas em todo o mundo acentuaram as fortes perdas que sofrem desde o início do ano, um comportamento do qual a praça de Lisboa não sai ilesa. O PSI-20 já negoceia em mínimos de Agosto de 2003, perde mais de 54% desde o início do ano e todas as cotadas acumulam já “saldo negativo” em 2008.
O índice de referência da bolsa nacional “afundava” 5,86% para os 5.952,16 pontos, tendo já quebrado em baixa a barreira dos 6 mil pontos para negociar em mínimos de Agosto de 2003. A bolsa portuguesa é, contudo, a bolsa menos penalizada entre as principais praças europeias.
Numa altura em que todas as companhias negociavam em terreno negativo. Esta é a quarta sessão consecutiva de perdas para o mercado accionista português, que este ano já perdeu mais de metade do seu valor (54,28%).
Este é um comportamento comum às restantes bolsas mundiais. As bolsas japonesas terminaram a sessão com desvalorizações entre os 7% e os 9%, as principais praças europeias seguiam com quedas entre os 6% e os 9%.
E também os futuros dos índices norte-americanos registavam acentuadas perdas, tendo os futuros do S&P500 sido suspensos ao atingirem o limite de quedas permitido nos 855,20 pontos, sendo nesse nível que o índice vai iniciar a sessão.
Novamente a justificar este forte movimento de queda dos mercados accionistas estão os receios de que o abrandamento económico continue a ter um impacto negativo nas contas das empresas mundiais. A acentuar este sentimento esteve também o anúncio de que o produto interno bruto (PIB) britânico encolheu 0,5%, no terceiro trimestre deste ano face ao segundo trimestre, o que corresponde à primeira contracção desde 1992.
Jerónimo Martins lidera perdas pela terceira sessão
Pelo terceiro dia consecutivo, a Jerónimo Martins sofria a maior queda percentual entre as 20 cotadas do PSI-20. A retalhista cedia 17,10% para 3,029 euros, tendo já tocado nos 2,80 euros, um mínimo desde Setembro de 2006.
O sector financeiro está, como já vendo sendo hábito, entre os mais “castigados” da sessão, a acompanhar o comportamento do índice Dow Jones Stoxx para a banca que recuava 10,43%. O Banco Espírito Santo (BES) liderava este movimento e recuava 7,89% para os 7,00 euros, após ter tocado no valor mais baixo desde Setembro de 2001 nos 6,77 euros.
O Banco Comercial Português descia 4,07% para os 0,896 euros, tendo também atingido um mínimo histórico nos 0,859 euros. O BPI, que apresenta hoje, após o fecho do mercado, as suas contas relativas aos nove primeiros meses do ano, deprecia 6,09% para os 1,62 euros, com um mínimo de Abril de 1997, nos 1,58 euros.
A Portugal Telecom (PT) descia 4,90% para os 4,889 euros, a Zon Multimédia desvalorizava 5,13% para os 3,831 euros, enquanto as acções da Sonaecom sofriam uma perda de 3,83% para negociar nos 1,28 euros. A operadora liderada por Zeinal Bava já negociou no valor mais baixo desde Fevereiro de 2003 nos 4,71 euros.
No dia em que comemora dois anos desde a sua estreia em bolsa, a Galp Energia perdia 7,93% para os 6,44 euros, tendo fixado um mínimo de Novembro de 2006 nos 6,35 euros. A favorecer este desempenho, para além do sentimento negativo generalizado, está a descida pronunciada dos preços do petróleo nos mercados internacionais.
EDP Renováveis e Energias de Portugal (EDP) não escapavam ao nervosismo dos investidores, descendo, respectivamente, 3,75% para os 3,93 euros e 5,43% para os 2,35 euros. A empresa de “energias verdes” tocou hoje mais baixo desde a sua estreia na bolsa portuguesa, nos 3,77 euros.
A Teixeira Duarte, que transaccionou nos 0,661 euros, um mínimo de Fevereiro de 2003, cedia 6,79% para os 0,686 euros.
Sonae SGPS continua a ser a mais penalizada desde o início do ano
Todas as cotadas portuguesas apresentam já um “saldo negativo” desde o início do ano. Aquela que sofre a maior descida continua a ser a Sonae SGPS que neste período acumula uma desvalorização de 73,88%. Mais de 70%, cai também a Sonae Indústria.
Cinco títulos descem mais de 60%. São elas o banco BPI, a Teixeira Duarte, o BCP, a Galp e a Sonaecom. Zon Multimédia, Altri, BES e Mota-Engil cedem mais de 50%, enquanto EDP, PT, Jerónimo Martins, Brisa e Cimpor perdem mais de 40%.
Entre as menos penalizadas estão a Redes Energéticas Nacionais (REN), a Portucel e a Semapa que depreciam 31,22%, 25,65% e 24,33%, respectivamente.
A EDP Renováveis, que se estreou em bolsa, no passado mês de Junho, perde desde então 50,8%.
Jornal de Negócios
Quebra barreira dos 6 mil pontos
Na última sessão da semana, os mercados accionistas em todo o mundo acentuaram as fortes perdas que sofrem desde o início do ano, um comportamento do qual a praça de Lisboa não sai ilesa. O PSI-20 já negoceia em mínimos de Agosto de 2003, perde mais de 54% desde o início do ano e todas as cotadas acumulam já "saldo negativo" em 2008.
“Negra” volta a ser a sessão para as bolsas mundiais. Na última sessão da semana, os mercados accionistas em todo o mundo acentuaram as fortes perdas que sofrem desde o início do ano, um comportamento do qual a praça de Lisboa não sai ilesa. O PSI-20 já negoceia em mínimos de Agosto de 2003, perde mais de 54% desde o início do ano e todas as cotadas acumulam já “saldo negativo” em 2008.
O índice de referência da bolsa nacional “afundava” 5,86% para os 5.952,16 pontos, tendo já quebrado em baixa a barreira dos 6 mil pontos para negociar em mínimos de Agosto de 2003. A bolsa portuguesa é, contudo, a bolsa menos penalizada entre as principais praças europeias.
Numa altura em que todas as companhias negociavam em terreno negativo. Esta é a quarta sessão consecutiva de perdas para o mercado accionista português, que este ano já perdeu mais de metade do seu valor (54,28%).
Este é um comportamento comum às restantes bolsas mundiais. As bolsas japonesas terminaram a sessão com desvalorizações entre os 7% e os 9%, as principais praças europeias seguiam com quedas entre os 6% e os 9%.
E também os futuros dos índices norte-americanos registavam acentuadas perdas, tendo os futuros do S&P500 sido suspensos ao atingirem o limite de quedas permitido nos 855,20 pontos, sendo nesse nível que o índice vai iniciar a sessão.
Novamente a justificar este forte movimento de queda dos mercados accionistas estão os receios de que o abrandamento económico continue a ter um impacto negativo nas contas das empresas mundiais. A acentuar este sentimento esteve também o anúncio de que o produto interno bruto (PIB) britânico encolheu 0,5%, no terceiro trimestre deste ano face ao segundo trimestre, o que corresponde à primeira contracção desde 1992.
Jerónimo Martins lidera perdas pela terceira sessão
Pelo terceiro dia consecutivo, a Jerónimo Martins sofria a maior queda percentual entre as 20 cotadas do PSI-20. A retalhista cedia 17,10% para 3,029 euros, tendo já tocado nos 2,80 euros, um mínimo desde Setembro de 2006.
O sector financeiro está, como já vendo sendo hábito, entre os mais “castigados” da sessão, a acompanhar o comportamento do índice Dow Jones Stoxx para a banca que recuava 10,43%. O Banco Espírito Santo (BES) liderava este movimento e recuava 7,89% para os 7,00 euros, após ter tocado no valor mais baixo desde Setembro de 2001 nos 6,77 euros.
O Banco Comercial Português descia 4,07% para os 0,896 euros, tendo também atingido um mínimo histórico nos 0,859 euros. O BPI, que apresenta hoje, após o fecho do mercado, as suas contas relativas aos nove primeiros meses do ano, deprecia 6,09% para os 1,62 euros, com um mínimo de Abril de 1997, nos 1,58 euros.
A Portugal Telecom (PT) descia 4,90% para os 4,889 euros, a Zon Multimédia desvalorizava 5,13% para os 3,831 euros, enquanto as acções da Sonaecom sofriam uma perda de 3,83% para negociar nos 1,28 euros. A operadora liderada por Zeinal Bava já negociou no valor mais baixo desde Fevereiro de 2003 nos 4,71 euros.
No dia em que comemora dois anos desde a sua estreia em bolsa, a Galp Energia perdia 7,93% para os 6,44 euros, tendo fixado um mínimo de Novembro de 2006 nos 6,35 euros. A favorecer este desempenho, para além do sentimento negativo generalizado, está a descida pronunciada dos preços do petróleo nos mercados internacionais.
EDP Renováveis e Energias de Portugal (EDP) não escapavam ao nervosismo dos investidores, descendo, respectivamente, 3,75% para os 3,93 euros e 5,43% para os 2,35 euros. A empresa de “energias verdes” tocou hoje mais baixo desde a sua estreia na bolsa portuguesa, nos 3,77 euros.
A Teixeira Duarte, que transaccionou nos 0,661 euros, um mínimo de Fevereiro de 2003, cedia 6,79% para os 0,686 euros.
Sonae SGPS continua a ser a mais penalizada desde o início do ano
Todas as cotadas portuguesas apresentam já um “saldo negativo” desde o início do ano. Aquela que sofre a maior descida continua a ser a Sonae SGPS que neste período acumula uma desvalorização de 73,88%. Mais de 70%, cai também a Sonae Indústria.
Cinco títulos descem mais de 60%. São elas o banco BPI, a Teixeira Duarte, o BCP, a Galp e a Sonaecom. Zon Multimédia, Altri, BES e Mota-Engil cedem mais de 50%, enquanto EDP, PT, Jerónimo Martins, Brisa e Cimpor perdem mais de 40%.
Entre as menos penalizadas estão a Redes Energéticas Nacionais (REN), a Portucel e a Semapa que depreciam 31,22%, 25,65% e 24,33%, respectivamente.
A EDP Renováveis, que se estreou em bolsa, no passado mês de Junho, perde desde então 50,8%.
Jornal de Negócios