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Más notícias da economia real provocam nova razia nas bolsas

Hdi

GF Ouro
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Set 10, 2007
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Resultados de empresas decepcionantes e dados económicos que confirmam o cenário de recessão nas principais economias estão a provocar uma nova sexta-feira negra nas bolsas mundiais. As praças asiáticas fecharam em queda acentuada, na Europa os índices perdem perto de 10% e nos EUA os futuros perderam o máximo permitido. O índice que mede a evolução das bolsas mundiais perde quase 50% este ano, o pior registo de sempre. Depois da crise financeira, agora são as notícias da economia real que comandam as bolsas para novos mínimos.

A notícia de que a economia britânica contraiu 0,5% no terceiro trimestre foi o rastilho para o que já estava a ser uma sessão negra. Os receios de que as principais economias se encaminham para uma forte recessão confirma-se com os dados da segunda maior economia europeia.

Não só as grandes economias estão a ser fortemente penalizadas, como também as de países emergentes estão a ser castigadas com a crise financeira.

Crise que está já a ter uma forte reflexo negativo nos resultados das empresas. Desde as companhias asiáticas às europeias, há hoje noticias que confirmam que os resultados das empresas estão a ser fortemente castigadas e que as previsões para os próximos trimestres são cada vez mais baixas.

O MSCI World, que agrupa a performance das bolsas mundiais, está hoje a ceder 4,3%, elevando a perda no ano para 45%, o pior registo de sempre para este índice. A capitalização das bolsas mundiais já encolheu quase metade desde o início da crise no Verão ano passado.

Ásia dá o mote

Os principais índices asiáticos voltaram a afundar na sessão de hoje, depois da Samsung Electronics ter revelado queda dos lucros, da Sony ter revisto em baixa as previsões de resultados e da Toyota ter anunciado a primeira queda de vendas em sete anos.

Os índices japoneses Nikkei e Topix desceram 9,60% para os 7.649,08 pontos e 7,52% para os 806,11 pontos, respectivamente. O índices da Coreia do Sul desceu 11%, o que representa a maior queda desde Setembro de 2001, com a Samsung a desvalorizar 14% após a apresentação de resultados.

Europa afunda

Na Europa o dia já começou negativo e o cenário negativo acentuou-se quando foi conhecido que o PIB britânico recuou 0,5% no terceiro trimestre.

Com o sector automóvel e a banca a liderar as quedas, os índices europeus registam perdas entre os 6% e 9%. O alemão DAX chegou já a cair mais de 10%, na descida mais acentuada em 19 anos.

Em Lisboa o PSI-20 recua mais de 6%, com todas as acções a negociarem em terreno negativo.

As praças do Velho Continente estão também a ser pressionadas pelos resultados aquém das previsões que estão a ser apresentados pelas empresas e pelos receios de que os esforços dos bancos centrais para revitalizarem o mercado do crédito possam não ser suficientes para evitar uma desaceleração económica a nível global.

Os analistas estão a rever em baixa as estimativas de lucros para este ano, numa altura em que a crise do crédito se intensifica, ameaçando o crescimento económico.

Segundo as projecções, os lucros para as empresas europeias listas no Stoxx 600 deverão cair 4,4% em 2008, contra a estimativa de um crescimento de 11% feita no início do ano, salientou a Bloomberg.

“Os actuais níveis de pânico não têm precedentes”, comentou à Bloomberg um estratega do Bank Julius Baer & Co, Christian Gattiker.

Queda limite nos futuros dos EUA

Em Wall Street o sentimento negativo é também a nota dominante. Os futuros do S&P 500 atingiram a queda máxima permitida antes da abertura dos mercados dos EUA. O índice norte-americano atingiu o “limite negativo” de 855,20 pontos, após uma descida acentuada de mais de 6%.


De acordo com os dados da Bloomberg, os futuros do S&P 500 afundaram 6,56% para atingirem a queda máxima permitida na negociação prévia à abertura dos mercados. A negociação abaixo dos 855,20 pontos só é permitida, segundo Jeremy Hughes, porta-voz da Chicago Mercantile Exchange, no arranque oficial da sessão.

Ontem, Nouriel Roubini, professor de economia que em 2006 previu a actual crise financeira, afirmou que “não ficaria surpreendido se as autoridades tivessem que encerrar os mercados financeiros durante uma semana ou duas nos próximos dias”.

A Bolsa da Rússia já foi suspensa e só volta a haver negociações de acções em Moscovo na terça-feira.

Jornal de Negócios
 
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