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Assembleia do Conselho Internacional para a Ciência pretende melhorar troca de dados científicos
Está a decorrer em em Maputo a 29.ª Assembleia-geral do Conselho Internacional para a Ciência. A confluência de interesses das diferentes áreas da Ciência, o trabalho em conjunto dos cientistas e um trabalho feito para a sociedade envolvente foram alguns dos pontos já focados durante o encontro. “As mudanças globais, a gestão de recursos naturais e ambientais, o desenvolvimento sustentável, a redução da pobreza e a saúde humana e ambiental são alguns dos maiores desafios da investigação científica do ICSU, actualmente. Mas estes desafios não podem ser resolvidos sem compreender tanto o impacto das pessoas sobre os problemas quanto o dos problemas sobre as pessoas, ou seja, sem as ciências sociais”, afirmou Anne Whyte, membro do Comité de Planeamento e Controlo Científico do ICSU e ex-Directora Geral do departamento de Recursos Naturais e Ambiente do Environment and Natural Resources of the International Development Research Centre (IDRC) do Canadá.
O trabalho em conjunto das ciências naturais e sociais contribuirá para a solução de alguns dos mais prementes desafios que a sociedade enfrenta, foi uma das conclusões de um relatório entregue ontem à comunidade científica presente no encontro. O relatório “Melhorar a Participação das Ciências Sociais no ICSU” afirma que as ciências sociais são essenciais à implementação do Plano Estratégico do ICSU para 2006 – 2011. As recomendações do relatório passam pelo encorajar da participação das ciências sociais nos seus comités, task forces e iniciativas de investigação em parceria, deve estimular mais associações ligadas às ciências sociais a afiliarem-se ao ICSU e deve trabalhar com o International Social Sciences Council (ISSC) como um parceiro fundamental para o fortalecimento da importância das ciências sociais na implementação do Plano Estratégico do ICSU.
Anne Whyte diz que “a missão do ICSU é fortalecer a ciência internacional em prol da sociedade. Para o fazer, as ciências naturais e sociais devem estar perfeitamente integradas, a trabalhar em conjunto para disponibilizar conhecimento para a resolução de desafios mundiais”.
Mas nem tudo é fácil e há barreiras a ultrapassar. Cientistas naturais e sociais não falam a mesma língua; muitas instituições não estão preparadas para lidar com investigação interdisciplinar, e há resistência por parte de alguns cientistas, de ambos os lados.
Colaboração
No sentido do cruzamento de práticas e conhecimentos, a assembleia-geral também decidiu dar os primeiros passos para criar um sistema de dados inter-operacional e alargado a todos os países e todas as áreas da ciência para melhorar as inadequadas redes de recolha, armazenagem e divulgação de dados actuais.
Graças à Internet, o crescimento das informações e dados científicos avolumou-se como nunca, mas a ICSU entende que a qualidade, a disponibilidade e a organização a longo prazo destes dados não é a desejável, as fontes são por vezes incertas e há dados científicos que permanecem inacessíveis. Um relatório apresentado à Assembleia-geral recomenda o novo sistema, pois, expõe, “precisamos de federações internacionais formadas por instituições profissionais modernas de gestão de dados, que trabalhem juntas e reflictam juntas sobre as suas práticas. Tais federações podem fornecer garantia de qualidade e promover a publicação de dados, erigindo o arcabouço de uma biblioteca virtual de dados científicos à escala mundial”. A conclusão do relatório ressalta que o ICSU pode desempenhar um papel determinante, através da reestruturação dos seus próprios conjuntos de dados.
Segundo Ray Harris, presidente do comité especializado que elaborou o relatório, “os dados representam a alma da ciência e as suas repercussões são numerosas, o que significa que o acesso aos dados científicos deveria ser muito mais fácil, tanto para a ciência como para os decisores. Contudo, em muitas áreas falta organização e é praticamente impossível determinar a origem e a fiabilidade de certas informações disponíveis na Internet”.
CiênciaHoje
Está a decorrer em em Maputo a 29.ª Assembleia-geral do Conselho Internacional para a Ciência. A confluência de interesses das diferentes áreas da Ciência, o trabalho em conjunto dos cientistas e um trabalho feito para a sociedade envolvente foram alguns dos pontos já focados durante o encontro. “As mudanças globais, a gestão de recursos naturais e ambientais, o desenvolvimento sustentável, a redução da pobreza e a saúde humana e ambiental são alguns dos maiores desafios da investigação científica do ICSU, actualmente. Mas estes desafios não podem ser resolvidos sem compreender tanto o impacto das pessoas sobre os problemas quanto o dos problemas sobre as pessoas, ou seja, sem as ciências sociais”, afirmou Anne Whyte, membro do Comité de Planeamento e Controlo Científico do ICSU e ex-Directora Geral do departamento de Recursos Naturais e Ambiente do Environment and Natural Resources of the International Development Research Centre (IDRC) do Canadá.
O trabalho em conjunto das ciências naturais e sociais contribuirá para a solução de alguns dos mais prementes desafios que a sociedade enfrenta, foi uma das conclusões de um relatório entregue ontem à comunidade científica presente no encontro. O relatório “Melhorar a Participação das Ciências Sociais no ICSU” afirma que as ciências sociais são essenciais à implementação do Plano Estratégico do ICSU para 2006 – 2011. As recomendações do relatório passam pelo encorajar da participação das ciências sociais nos seus comités, task forces e iniciativas de investigação em parceria, deve estimular mais associações ligadas às ciências sociais a afiliarem-se ao ICSU e deve trabalhar com o International Social Sciences Council (ISSC) como um parceiro fundamental para o fortalecimento da importância das ciências sociais na implementação do Plano Estratégico do ICSU.
Anne Whyte diz que “a missão do ICSU é fortalecer a ciência internacional em prol da sociedade. Para o fazer, as ciências naturais e sociais devem estar perfeitamente integradas, a trabalhar em conjunto para disponibilizar conhecimento para a resolução de desafios mundiais”.
Mas nem tudo é fácil e há barreiras a ultrapassar. Cientistas naturais e sociais não falam a mesma língua; muitas instituições não estão preparadas para lidar com investigação interdisciplinar, e há resistência por parte de alguns cientistas, de ambos os lados.
Colaboração
No sentido do cruzamento de práticas e conhecimentos, a assembleia-geral também decidiu dar os primeiros passos para criar um sistema de dados inter-operacional e alargado a todos os países e todas as áreas da ciência para melhorar as inadequadas redes de recolha, armazenagem e divulgação de dados actuais.
Graças à Internet, o crescimento das informações e dados científicos avolumou-se como nunca, mas a ICSU entende que a qualidade, a disponibilidade e a organização a longo prazo destes dados não é a desejável, as fontes são por vezes incertas e há dados científicos que permanecem inacessíveis. Um relatório apresentado à Assembleia-geral recomenda o novo sistema, pois, expõe, “precisamos de federações internacionais formadas por instituições profissionais modernas de gestão de dados, que trabalhem juntas e reflictam juntas sobre as suas práticas. Tais federações podem fornecer garantia de qualidade e promover a publicação de dados, erigindo o arcabouço de uma biblioteca virtual de dados científicos à escala mundial”. A conclusão do relatório ressalta que o ICSU pode desempenhar um papel determinante, através da reestruturação dos seus próprios conjuntos de dados.
Segundo Ray Harris, presidente do comité especializado que elaborou o relatório, “os dados representam a alma da ciência e as suas repercussões são numerosas, o que significa que o acesso aos dados científicos deveria ser muito mais fácil, tanto para a ciência como para os decisores. Contudo, em muitas áreas falta organização e é praticamente impossível determinar a origem e a fiabilidade de certas informações disponíveis na Internet”.
CiênciaHoje