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Ciência: Usar em caso de catástrofe

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Anunciado programa de apoio em reunião do Conselho Internacional para a Ciência

Aplicar o conhecimento científico na prevenção de catástrofes e a redução de riscos após o seu impacto é o objectivo de um novo programa internacional de investigação científica lançado pelo Conselho Internacional para a Ciência (ICSU). O programa, que tem uma duração prevista de dez anos, foi anunciado em Moçambique, onde está a decorrer a 29.ª assembleia-geral daquele conselho.

Denominado Investigação Integrada sobre Riscos de Catástrofes (IRDR), o programa “reforçará a capacidade mundial de lidar com os riscos e de tomar as decisões mais apropriadas para reduzir os seus impactos”, afirmou Gordon McBean, climatologista canadiano e presidente do Grupo de Planeamento de Riscos do ICSU.


Todos os anos, centenas de milhares de pessoas perdem a vida e milhões de pessoas resultam feridas, evacuadas ou perdem os seus meios de subsistência devido a catástrofes naturais. As catástrofes – entendidas como “situações que superam a capacidade de atendimento das comunidades e exigem assistência externa” – aumentaram de 30 por ano, na década de 1950, para mais de 470 por ano, desde o início deste século.

“Daqui a dez anos, graças a este programa, esperamos observar uma redução do número de vítimas fatais e dos prejuízos sofridos pelas populações, bem como um aumento de investimentos e decisões adequados por parte das autoridades governamentais, do sector privado e da sociedade civil”, disse McBean. O responsável sustentou que a aposta deve ser nos países mais pobres, que se encontram menos apetrechados para reagir a uma catástrofe.

“A ocorrência de uma catástrofe numa região como a África pode ter um enorme impacto nas actividades económicas e nos meios de subsistência da população. Moçambique é um país particularmente vulnerável a catástrofes, sobretudo relacionadas com o clima e a meteorologia. O IRDR fornecerá dados que servirão de base para um processo decisório mais sólido no âmbito do país, preparando o terreno para uma melhor gestão dos riscos de catástrofes”, afirmou, por seu turno, Filipe Domingos Freires Lúcio, membro do Grupo de Planeamento do ICSU e ex-Director-Geral do Instituto Nacional de Meteorologia de Moçambique.

“Perante os impactos previstos das alterações climáticas, a única alternativa para países como Moçambique é integrar a redução dos riscos de catástrofes no seu planeamento estratégico e implementar um programa de adaptação às alterações climáticas”, concluiu.

O novo programa, desenvolvido a partir das actividades de investigação já existentes, abordará os impactos das catástrofes a todos os níveis, tanto local como mundialmente. Reunirá experiências e competências de todo o mundo, criando uma oportunidade sem precedentes para que as ciências naturais e as ciências sociais trabalhem de mãos dadas.

Segundo Gordon McBean, “é fundamental adoptar uma abordagem verdadeiramente mundial e interdisciplinar se quisermos adquirir os conhecimentos suficientes que poderão evitar perdas desnecessárias, salvando milhares ou até milhões de pessoas”.

O IRDR concentrar-se-á em todos os riscos relacionados com causas geofísicas, oceanográficas, climáticas e meteorológicas — inclusive condições meteorológicas espaciais e impactos de objectos próximos à Terra. O programa também levará em conta os efeitos das actividades humanas na criação ou intensificação dos riscos.

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