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Bem-estar é o segredo para uma mente saudável

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Bem-estar é o segredo para uma mente saudável


RODRIGO CABRITA-ARQUIVO DN

Mente.
Dois novos estudos sobre saúde mental foram publicados. Um é britânico e revela os cinco passos para uma mente sã. Outro é italiano e concluiu que, nas pessoas que tiveram uma profissão mentalmente mais exigente, os danos provocados pelo Alzheimer avançam a um ritmo muito mais lento

Andar de bicicleta, conversar com os amigos, aprender jardinagem, ou praticar desporto são alguns dos segredos da sanidade mental. Quem o garante é o um grupo Foresight, que reúne 400 cientistas britânicos, num relatório que definiu cinco passos que ajudam a manter a mente sã.

O estudo Saúde Mental e Bem-estar aconselha as pessoas a "apreciar a beleza" e a "saborear" os momentos do quotidiano "seja enquanto caminham, almoçam ou convivem com os amigos".

Segundo os neurologistas portugueses contactados pelo DN este estudo não é inovador , mas "é importante porque vem reforçar a ideia de que as pessoas mais activas têm menos risco de contrair doenças cognitivas", garantem.

O presidente do Colégio de Neurologia da Ordem dos Médicos, Celso Pontes, explica que "o estudo procura estabelecer match-points, ou seja recomendações, que de facto ajudam a melhorar a saúde mental".

Também a neurologista Belina Nunes concorda com os resultados do relatório. "O bem-estar é importante para prevenir danos futuros porque melhora de os hábitos de vida", diz.

A neurologista explica ainda que estes resultados estão em consonância com os de um estudo português que vai ser divulgado no próximo mês de Novembro. "Nesse estudo é provado que a hipertensão, a obesidade e os diabetes são grandes factores de risco da doença [neurológica]", garante a especialista. Logo, se as pessoas forem activas e mais saudáveis "previnem também as doenças neurológicas".

Celso Pontes classifica as actividades propostas pelos cientistas britânicos como "protectoras", uma vez que ajudam a proteger das doenças degenerativas. O neurologista lança ainda um outro conselho: "ler em voz alta, pois estimula o cérebro".

Belina Nunes garante por seu turno que o estudo é importante para ajudar a "acabar com aquilo que é um problema de saúde pública".

Porém, ambos os médicos garantem que algumas recomendações do relatório são exageradas. Como por exemplo, o facto de aconselhar "as pessoas a serem felizes". Algo que desencadeou também algumas críticas no Reino Unido, por esse ser um conceito subjectivo. "Isso vem numa linha de 'psicologia positiva', mas não há provas que as pessoas felizes corram menos riscos", nota Belina Nunes.

Já Celso Nunes opta por realçar a subjectividade do termo felicidade. "Uma pessoa estar feliz pode ser conviver com a avó e para outra pode ser uma vitória do Benfica ou do Porto", exemplifica.

Porém, o neurologista não quer criar ruído no objectivo do relatório e afirma "que o que interessa é que a pessoa procure o bem-estar, pois isso vai ajudá-la a criar resistências" às doenças.

Profissão 'versus' Alzheimer

Um outro estudo na área da saúde mental, publicado esta semana na revista Neurology, mostra entretanto que a escolha da profissão pode influenciar a resistência aos efeitos do Alzheimer. O trabalho, realizado na Universidade San Raffaele, em Itália, demonstra que "as pessoas que frequentaram o ensino superior ou têm empregos mentalmente mais exigentes, correm menos riscos de desenvolver Alzheimer".

O neurologista português concorda com os resultados do estudo e garante que "as pessoas que têm uma escolaridade maior ficam com o cérebro mais preparado para enfrentar um doença degenerativa". Belina Nunes explica que o estudo que irá apresentar no próximo mês (realizado com doentes portugueses) revela resultados similares ao da universidade italiana. Segundo a neurologista, o estudo italiano ajuda a compreender a doença. "Podem achar que os estudos são mais do mesmo, mas é importante que se reforcem uns aos outros", defende. | - V.M e R.P.A.


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