• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

A tristeza leva-nos a gastar mais dinheiro

Mr.T @

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Fev 4, 2008
Mensagens
3,493
Gostos Recebidos
0
trist_te.jpg


Desconfio que qualquer um de nós já tomou consciência de que quando está triste tem muito mais vontade de ir às compras, de se perder a olhar montras, desejoso de encontrar numa prateleira qualquer o objecto milagroso que afaste aquele sentimento que nos oprime.

São aqueles dias em que chegamos a casa com sacos e sacos de compras, o plafond do cartão de crédito largamente ultrapassado, e estendemos os despojos sobre a cama.

Por momentos acreditámos que era aquele pedaço de tecido reduzido, aquele colar ou gravata que nos ia mudar a imagem, a disposição e a sorte.

O que não sabíamos era que 4 investigadores americanos testavam a hipótese de que a tristeza, associada a um momento em que estamos com pena de nós mesmos, nos leva a pagar muito mais por um objecto.

Mais do que aquilo que ele vale, mais do que estaríamos dispostos a despender se não estivermos com a neura. É claro que nos poderiam ter perguntado e poupado tempo, mas preferiram recrutar 33 participantes, entre os 18 e os 30 anos e observar à lupa os seus comportamentos.

Metade das cobaias visionaram um filme dramático, enquanto a outra metade viu uma reportagem sobre recifes e corais. Em seguida fizeram um leilão de uma garrafa de água com um design fantástico, e concluíram que aqueles que tinham sido sujeitos a uma experiência de tristeza e se afirmavam contagiados por ela ofereciam quatro vezes mais dinheiro pelo objecto em causa, do que aqueles que estavam num estado de espírito «neutro».

Agora publicaram o trabalho no Psycological Science Journal e gritam Eureka porque contrariaram as teorias económicas vigentes que dizem que os estados de espírito negativos levam as pessoas a desvalorizar tudo à sua volta.

Cryder, Lerner, Gross e Dahl juram o contrário e alertam quem faz previsões financeiras, nomeadamente sobre o efeito da crise no consumo, para que percebam que quando nos sentimos tristes nos desvalorizamos a nós mesmos, e os bens exteriores adquirem um valor mágico porque, aos nossos olhos, possuem o poder de nos devolver a auto-estima.

Isabel Stilwell | editorial@destak.pt

imagem:pixelzine.com
 
Topo