• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Grandes banqueiros mundiais em Sintra

Hdi

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Set 10, 2007
Mensagens
3,920
Gostos Recebidos
0
Os mais poderosos banqueiros da Europa reuniram-se em segredo na Penha Longa.

De forma muito discreta – quase secreta –, executivos de topo da banca europeia reuniram-se este fim-de-semana na Quinta da Penha Longa, perto de Sintra. Ao contrário do que seria de prever nos tempos de turbulência que o sector atravessa nesta altura – com inúmeros bancos necessitados de injecções de capital público, outros a soçobrarem mesmo à crise de liquidez –, o encontro não se destinava a descobrir soluções milagrosas para a crise.

Na verdade, segundo apurou o Diário Económico, a reunião estava marcada há vários meses e tratava-se de um encontro semestral regular – o 115º – do Institut International d’Etudes Bancaires, uma organização informal sobre a qual existe pouca informação, ao contrário do que seria de esperar num grupo cuja missão, a julgar pelo seu nome, é desenvolver estudos. Apesar de reunir alguns dos homens e mulheres – Patricia Botin, presidente do Banesto e filha do presidente do Santander foi uma das banqueiras que se deslocou a Sintra – mais influentes de uma das mais poderosas indústrias do mundo, o grupo não tem sequer um sítio na Internet e as poucas referências que surgem são de discursos proferidos em encontros como o de Sintra. No fundo, explicam algumas personalidades, trata-se de um grupo muito informal de ‘networking’.

Os temas das apresentações são geralmente bastante genéricos, mas por muito intemporais que sejam – e não tendo sido possível obter a agenda do encontro –, nesta altura, a crise financeira e os riscos do seu alastramento à economia real não ficaram fora das discussões. O tom geral foi o de que a crise resulta mais das consequências de exageros do passado em termos de balanços e liquidez do que com os fundamentos do negócio bancário propriamente dito, que continuam sólidos, apesar dos riscos acrescidos.

O governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, foi um dos oradores do encontro, em que o primeiro-ministro, José Sócrates, fez questão de participar, presidindo ao jantar de gala, na sexta-feira. Um jantar em que o ‘smoking’ é o traje obrigatório mas que, desta vez – sinal dos tempos –, foi dispensado.

Ao que o Diário Económico apurou, os anfitriões do encontro da Penha Longa foram Ricardo Salgado, presidente do Banco Espírito Santo, e Carlos Santos Ferreira, o seu homólogo do Millennium BCP.

Mas nem todos os bancos fazem parte desta organização muito discreta. Fernando Ulrich, por exemplo, ficou de fora. À hora do jantar de sexta-feira, o presidente do BPI recebia os jornalistas para explicar os detalhes dos resultados do seu banco no terceiro trimestre, que não ficaram imunes à crise.

Contactados o BES e o BCP, ninguém quis prestar o mínimo esclarecimento, nem sobre a agenda da reunião nem sequer sobre o que os banqueiros comeram ao jantar. Na verdade, oficialmente, ninguém confirma que a reunião tenha de facto existido.


Fundos Soberanos no Ritz

Depois dos grandes banqueiros europeus, Portugal volta a acolher mais um encontro de peso da indústria financeira. Entre os dias 10 e 14 do próximo mês, estarão reunidos no Hotel Ritz, em Lisboa, representantes dos mais poderosos fundos soberanos do mundo. Desta vez, o anfitrião será a Merrill Lynch. E será mais um encontro discreto, uma vez que nem a representação em Portugal do banco de investimento norte-americano – engolido pelo Bank of America no ponto mais crítico da crise financeira – reconheceu ter conhecimento da sua realização.


Pedidos de crédito ao BCE aumentam 252% num ano

Um ano depois de a crise ter afectado o sistema financeiro, os bancos portugueses continuam a recorrer ao crédito concedido pelo Banco Central Europeu (BCE) para contornar a escassez no mercado interbancário. Segundo os dados do boletim estatístico do Banco de Portugal, em Setembro, o montante em dívida ascendia a 5,47 mil milhões de euros, a título de cedência de liquidez por parte do banco central. Este valor traduz-se num aumento de 252% face ao mesmo período de 2007. No entanto, quando comparado com o mês de Agosto verificou-se uma ligeira queda de 0,8%.

Diário Económico
 
Topo